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O PS e as presidenciais
O Bloco de Esquerda empenhou-se com entusiasmo na campanha de Manuel Alegre. Afinal, as principais bandeiras do candidato constituíram desde sempre um ponto de convergência com o nosso ideário: defesa acérrima dos serviços públicos, combate à privatização da segurança social e a sectores estratégicos da economia (como os transportes e os CTT), empenho no serviço social de saúde, elogio da escola pública. Em suma: um compromisso forte com a dimensão mais avançada da nossa Constituição.
A candidatura saiu derrotada. Mas que ninguém tenha dúvidas: a impopularidade do Governo e das suas medidas de austeridade são a principal componente desse fracasso. O Bloco fez o que devia e podia, sem sectarismos e procurando sempre, na plataforma da candidatura, o máximo consenso. Não se lhe podia pedir um exercício de hipocrisia, isto é, que mandasse ao tecto os princípios e pactuasse com as políticas de radicalismo liberal do PS instalado dominado pelos Lelos, Vitalinos e Vitorinos. Fomos leais, mas nunca seríamos cúmplices do que sempre combatemos.
Existe, aliás, um ganho por detrás da derrota. Encontramos nesta plataforma muitos activistas que querem combater activamente a entrada do FMI em Portugal, zelando pela segurança laboral e lutando contra um ajustamento orçamental assente na regressão civilizacional. Queremos manter esse ânimo e essa convergência, através de iniciativas concretas, embora sabendo, sem que isso constitua surpresa, que o PS hegemónico estará onde sempre esteve: do outro lado da justiça social.
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É importante constatar que a
É importante constatar que a nosso foco não deve ser a diminuta percentagem de pessoas que já estão filiados em partidos politicos. A nosso prinicpal foco, como forma de combater o conformismo devem ser aqueles que estão alienados da vida polítca mas que tem em si um grande potencial revolucionarios
"Existe, aliás, um ganho por
"Existe, aliás, um ganho por detrás da derrota. Encontramos nesta plataforma muitos activistas que querem combater activamente a entrada do FMI em Portugal" ???
Calculo que se esteja a referir-se ao seu colega activista no Comício em Viana do Castelo o malhador Augusto Santos Silva, certo?
Caro João Desde o 25 de
Caro João
Desde o 25 de Abril, o PS esteve 23 anos no poder, em 13 governos, sozinho ou acompanhado (desde 1976 apenas por PSD e CDS). Quem quer nomear uma medida socialista tomada por algum destes governos ‘socialistas’? O chamado ‘Despacho Arnaut’, que lançava o Serviço Nacional de Saúde, data de 1978. Lembram-se de mais alguma desde então?
A estratégia do BE de ocupar o espaço de uma social-democracia que defendia o SNS, a escola pública, etc., abandonado há muito pelo PS, não encontra interlocutores entre as figuras do actual PS. Olha-se para um lado e para o outro e não se vislumbra um. O que se passou com a campanha de Manuel Alegre é prova disso. Manuel Alegre esteve onde sempre tem estado desde 1974: nas bancadas do PS. Ao lado do Assis e ao lado do Sócrates, claro.
Para ocupar esse espaço político, parece que o BE precisa é de ser socialista, não de aliar-se a tais figuras de um partido que só por escárnio se chama ainda PS.
Concordo em absoluto com a
Concordo em absoluto com a opinião do João Teixeira Lopes! Só quem não participou minimamente na campanha, é que não consegue perceber! De nada vale criticar se não forem apresentadas propostas concretas e objectivas que sejam aceites e compreendidas por todos! Houve abertura de caminhos, estreitos é certo, mas eles estão abertos e isso ninguém pode ignorar!
Ò Adelino Domingues,
Ò Adelino Domingues, explique-me lá, porque é verdade que «não participei minimamente na campanha», que caminhos «estreitos é certo» são esses que estão abertos. É que se eles existem, como diz, e «ninguém [os] pode ignorar», eu, que talvez não os veja devido à minha miopia, não quero que me deixe na ignorância.
Pois é... e entretanto o BE
Pois é... e entretanto o BE aliou-se ao canditato desse mesmo partido que se diz socialista...
Por este andar tudo está a posto para a entrada em triunfo dp PSD e do seu apendice neofascista
também conhecido por CDS. Nao perdem pela demora.
Que tenham aspiracoes sociais-democratas que o digam sem demora, sem ambiguidades, pois é preciso
saber quem é quem nas lutas a travar contra o capital.
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