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Enfermeiros: Contratados despedidos no final do ano

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) revelou esta quarta-feira que os enfermeiros continuam a ser informados de que os seus contratos terminam no final do ano, mesmo depois de a tutela ter assumido o compromisso de os prorrogar.
Neste momento estão a decorrer concursos que irão possibilitar que cerca de 2000 enfermeiros fiquem com vínculo estável, mas além desses há 900 que vão ficar fora dos concursos.

Em comunicado enviado às redacções, o SEP diz que se vive num "país de faz de conta", onde o Ministério da Saúde "exige a manutenção da qualidade das prestações num quadro de cortes orçamentais e não a admissão de mais enfermeiros".

"O país do faz de conta é também aquele em que o Ministérios da Saúde assume que a todos os enfermeiros serão prorrogados os contratos até 31 de Dezembro de 2011", ao mesmo tempo que as instituições em que trabalham "estão a informar os enfermeiros da cessação dos contratos a 31 de Dezembro de 2010".

Prorrogação dos contratos dos enfermeiros por mais um ano é um 'paliativo'

A 21 de Dezembro,o Ministério da Saúde (MS) assegurava que “não há qualquer risco de saída” no próximo ano de enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde (SNS) por caducidade dos contratos ou do regime de mobilidade desde que os serviços onde trabalham queiram mantê-los.

Para a vice-coordenadora do SEP, este anúncio foi uma “boa notícia”, porque durante mais um ano os enfermeiros vão ter trabalho e o ministério não terá de “encerrar serviços por falta de recursos humanos, nomeadamente enfermeiros”.

“Mas mais uma vez é um paliativo em função de um problema que o Ministério da Saúde tarda em resolver”, disse Guadalupe Simões. Para a sindicalista, as “sucessivas prorrogações de contratos precários, que não dão estabilidade ao serviço e às pessoas e que lhes impede o ingresso nas carreiras, é inadmissível”.

Neste momento estão a decorrer concursos que irão possibilitar que cerca de 2000 enfermeiros fiquem com vínculo estável, mas além desses há 900 que vão ficar fora dos concursos, adiantou.

“O compromisso do Ministério da Saúde era que em Junho iriam ser descongeladas novas vagas para estes profissionais”, mas como isso não aconteceu a “solução que o ministério agora encontrou foi a prorrogação dos contratos por mais um ano”, acrescentou.

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