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Ex-Administrador da Alicoop na Comissão de Honra de Cavaco

O empresário algarvio, que actualmente preside à Assembleia Geral da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal, faz parte da lista da Comissão de Honra de Cavaco Silva, de quem foi mandatário por Faro nas eleições de 2006.
A Alicoop entrou em processo de insolvência em 2009 deixando os trabalhadores com salários em atraso num valor superior a um milhão de euros. Os credores da Alicoop, sobretudo bancos, demoraram a chegar a um acordo sobre a viabilização da empresa, acabando por propor aos trabalhadores a subscrição de capital social com o dinheiro dos subsídios de natal e férias dos próximos anos, bem como o empréstimo de 10% do salário à empresa até 36 meses.
Apesar da pressão ser feita no sentido de garantir o posto de trabalho a quem assinasse a declaração, nela não constava qualquer garantia de manutenção do emprego, o que levou em Setembro o Bloco de Esquerda a questionar o governo sobre a legalidade da situação.
Em Abril deste ano, José António Silva anunciou o abandono após a assembleia de credores. "A partir daí estarei completamente fora e alheio ao que se seguir", disse o agora membro da Comissão de Honra de Cavaco, deixando a empresa com mais de 80 milhões em dívidas e 380 trabalhadores que ainda hoje não vêem uma solução para o seu futuro.
A ligação de Cavaco Silva a empresários ligados a despedimentos no Algarve já tinha sido levantada em Novembro, por causa da presença no núcleo duro do seu staff do administrador da Groundforce. Luís Correia da Silva, que já tinha sido responsável pelo marketing da campanha de Cavaco em 2006, integra desde 2008 a administração da Groundforce, a empresa que despediu 336 trabalhadores por email, informando-os do encerramento das operações no aeroporto de Faro.
Comments
Este Cavaco é uma verdadeira
Este Cavaco é uma verdadeira alma civilizada. Penetra na ética, como as consciências ingénuas na Religião.
Existem personagens na nossa direita (é assim que se diz não é?), que passam a vida a despirem-se à entrada do convento, das aparências mundanas e das inquietações que motivam a sua vinda. Passada que está a porta, fechado o postigo, esquecem o bulício da vida dos pobres, as dificuldades que eles têm em viver e a angústia que os movimenta.
Sempre à procura daquilo, que nós sabemos que eles nunca irão encontrar: moralidade!
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