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Adesão à greve dos investigadores criminais atinge 100%

A greve iniciada a 15 de dezembro, e que se irá prolongar até 15 de janeiro de 2011, abrange todo o trabalho dos funcionários de investigação, "desde que não enquadrado nos regimes previstos de prevenção passiva, piquete, de acordo com os regulamentos pré-existentes, turnos e trabalho extraordinário", ordenado ou autorizado pelo director nacional da Polícia Judiciária.
O protesto convocado pela ASFIC/PJ decorre todos os dias úteis entre as 17h30 e as 9h00 e entre as 00h00 e as 24h00 nos fins-de-semana e feriados e tem penalizado fortemente a operação da Polícia Judiciária.
Segundo o presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (ASFIC/PJ), Carlos Garcia, “Foram várias operações desmarcadas, vários mandatos de buscas foram enviados aos tribunais para pedir prorrogação dos prazos, operações de todos os tipos estão a deixar de ser feitas, vigilâncias e seguimentos param às 17h30 e o alvo fica sem ser controlado”.
A esta greve, que tem tido uma adesão muito forte, com uma média superior a 95 por cento e, em alguns departamentos, de cem por cento, irão, muito provavelmente, suceder-se novas formas de luta, já que não tem havido abertura por parte dos Ministérios da Justiça e das Finanças para, efectivamente, proceder a negociações.
São duas as principais reivindicações dos investigadores criminais. Por um lado, pretendem que o Ministério da Justiça defina as condições de inserção dos polícias na lei que regula as carreiras dos funcionários públicos. Por outro, que fique resolvida de uma vez por todas a questão das remunerações das horas extraordinárias.
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