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Um passo na luta contra a extinção de espécies

Foi criada uma Plataforma Intergovernamental para a Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas (IPBES). Este é um passo fundamental no sentido de travar a extinção de espécies animais e vegetais e seus ecossistemas.
Segundo a ONU, o actual ritmo de perda das espécies é "mais de cem vezes superior ao da extinção natural". Foto Agência de Notícias do Acre/Flickr

A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou a criação desta agência, que irá funcionar sob a coordenação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), exactamente no Ano Internacional para a Biodiversidade.

O IPBES começará a funcionar em 2011 e vai focar-se na “procura de soluções científicas que apoiem os governos nos processos de decisão”, para evitar a extinção de espécies, contribuindo assim de forma determinante para o cumprimento dos compromissos assumidos desde 2001, e que ficou muito aquém do determinado. Segundo a ONU, o actual ritmo de perda das espécies, originado pelas actividades humanas, entre as quais as alterações no uso dos solos, a sobre exploração, práticas insustentáveis, a poluição e a introdução de espécies invasivas, é "mais de cem vezes superior ao da extinção natural". Uma em cada três espécies de anfíbios, mais de uma espécie de aves em cada oito, mais de um mamífero em cada cinco e mais de uma espécie de conífera em cada quatro encontram-se actualmente em risco de extinção a nível mundial.

Os relatórios produzidos pelo IPBES permitirão igualmente acompanhar o estado e as tendências das espécies, promovendo o conhecimento geral no que respeita a estas matérias.

O director executivo do PNUMA considera que “O IPBES representa um grande avanço em termos de organização de uma resposta global à perda de organismos vivos e de florestas, rios, recifes de coral e outros ecossistemas”.

Em Nagoya, os Governos adoptaram novas metas para travar a perda da biodiversidade até 2020, incluindo o aumento da superfície das áreas protegidas de 12,5 para 17 por cento da superfície da Terra e das áreas marinhas protegidas do actual um por cento para dez por cento.

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