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Portalegre: Bloco diz que distrito está em "colapso"

O Bloco de Esquerda alerta que a zona alentejana de Portalegre encontra-se em “colapso”, fruto das “ruinosas políticas” dos sucessivos governos e da “inércia” dos representantes locais.
São 79 os trabalhadores da Selenis, empresa que presta serviços indispensáveis a todo o Parque Industrial de Portalegre e que corre o risco de fechar.

“Assistimos ao colapso de Portalegre e não nos conformamos. Este distrito está abandonado, fruto das ruinosas políticas de sucessivos governos e à inércia dos representantes locais”, considera a Comissão Coordenadora Distrital de Portalegre do Bloco, em comunicado enviado à Lusa.

O Bloco começa por se congratular com o facto de os trabalhadores da Selenis Serviços, em Portalegre, estarem a receber os ordenados em atraso, mas ao mesmo tempo mostra-se preocupado quanto ao futuro dos trabalhadores daquela empresa. “Manifestamos a nossa preocupação pelo facto de não existirem garantias, nem dos próximos vencimentos, nem dos postos de trabalho”, lê-se no comunicado. A estrutura distrital do Bloco de Portalegre questiona igualmente o Governo sobre a sua responsabilidade nesta situação, acusando-o de “não responder a esta calamidade social”.

“Dos requerimentos a que o Bloco deu entrada a 12 de Novembro de 2010, ainda não temos resposta”, lamenta.

No comunicado, as criticas não são só dirigidas ao Poder Central, a Comissão Coordenadora Distrital do Bloco também acusa os deputados eleitos por Portalegre, na Assembleia da República, principalmente o deputado do PS, Miranda Calha, de “passividade” perante a situação que se vive na Selenis Serviços.

Os bloquistas consideram que a Selenis Serviços e as restantes fábricas que compõem o parque industrial da Quinta de São Vicente constituem um projecto “muito viável”, mas lamentam, no entanto, que o Governo não dê a “mesma atenção” a este conjunto de fábricas como a atenção dispensada ao projecto da empresa Artenius, em Sines. “Em Sines, está garantido investimento estatal e em Portalegre, mais uma vez, assistimos ao completo desprezo pelas pessoas e pela cidade”, lê-se no comunicado.

As empresas Selenis Serviços, Ambipet e Fibralegre, todas sedeadas na Quinta de São Vicente, encontram-se desde Novembro em processo de insolvência.

No comunicado, o Bloco mostra-se ainda preocupado com as questões relacionadas com as acessibilidades na região de Portalegre, principalmente com a vertente ferroviária, discordando da possibilidade do Ramal de Cáceres ser encerrado. “Assistimos incrédulos ao encerramento do Ramal de Cáceres – Torre das Vargens / Beirã. Por um lado, desinveste-se na ferrovia, por outro, a CP gasta 26 milhões de euros com despedimentos”.

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