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Miguel Portas - Orçamento Europeu 2011: orçamento e egoísmos - 2010/12/14

"A vitória da Europa que destrói o projecto europeu"

O orçamento europeu para 2011 é votado quarta-feira no Parlamento Europeu. Trata-se, como definiu Miguel Portas, “da vitória de uma Europa que está a destruir o projecto europeu”. Sabe-se já que vai prevalecer a posição dos países que “querem menos, não querem mais”, dos países que “gostam de sanções, detestam a solidariedade, querem a hiper-austeridade e não o avanço social”, segundo as palavras do eurodeputado Miguel Portas. O compromisso final “é fraco”, comentou Miguel Portas perante o plenário de Estrasburgo em nome do grupo da Esquerda Unitária (GUE/NGL), que não votará este orçamento. “A proposta apresentada pelos governos”, disse, “fica bem abaixo dos limites acordados quando se negociaram as perspectivas financeiras para o período de 2007 a 2013. Não concordamos com orçamentos de continuidade em tempos de excepção; não concordamos com orçamentos incapazes de atacar a crise social em que as políticas de austeridade mergulharam os nossos países”. Quanto ao futuro, previu o eurodeputado, no mais imediato haverá “sucessivos orçamentos rectificativos” e “em 2012 assistiremos à versão revista e ampliada da discussão que tivemos este ano”. Tudo isto, sublinhou Miguel Portas, “porque uma minoria de governos, com o Reino Unido à cabeça, considera excessivos os actuais orçamentos europeus”. É uma Europa, definiu, “que recusa as emissões europeias de obrigações, que recusa taxar as transacções financeiras, uma Europa que está a destruir o próprio projecto europeu”. A esta Europa, prometeu o eurodeputado, “não daremos tréguas”.