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Alegre: “Pobreza não é um problema para ser tratado no Casino do Estoril”

O candidato presidencial salientou que a pobreza não se resolve “com restos de restaurantes” mas exige a resolução de “problemas estruturais do país” e disse que ficou “chocado” com as imagens e declarações de Cavaco Silva na campanha da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.
Manuel Alegre - Foto de manuelalegre2011/flickr

"Não é um problema que se resolva com restos de restaurantes, essas são imagens que me chocaram, o problema da pobreza resolve-se resolvendo os problemas estruturais do país e esse é um problema que não é susceptível de poder ser aproveitado por um Presidente da República para fazer a sua campanha eleitoral", afirmou Manuel Alegre neste domingo.

O candidato presidencial fez estas declarações no lançamento do 'Movimento Já', o movimento de jovens apoiantes da sua candidatura, onde criticou o discurso de Cavaco Silva no Casino do Estoril na passada sexta feira na campanha da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) . Esta associação empresarial lançou a campanha “Direito à Alimentação”, com o “alto patrocínio” do Presidente da República Cavaco Silva, nomeadamente para aproveitar as sobras e desperdícios do sector da hotelaria e da restauração e distribui-los a pessoas carenciadas, através de autarquias e instituições de solidariedade. Cavaco Silva afirmou no Casino do Estoril que “temos de nos sentir envergonhados” por “alguns portugueses sofrerem carência alimentar”.

Para Manuel Alegre, a pobreza em Portugal é um “problema estrutural” muito forte, mas "não é um problema para ser tratado no Casino do Estoril".

Alegre disse ainda que a sua campanha é uma “luta muito difícil, muito desigual, muito desigual, porque há quem não queira que haja campanha e há quem esteja a fazer campanha sem a fazer, aparecendo todos os dias na televisão como Presidente da República”.

Referindo que está habituado a “combates desiguais” e que é um “resistente e um combatente de sempre”, Alegre realçou que confia no apoio popular “e, sobretudo, com o apoio da juventude” e sublinhou que não está a "a lutar por um segundo lugar" mas "pela segunda volta" para aí ganhar as eleições presidenciais.

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