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Atenas: Confrontos no aniversário da morte de Alexis Grigoropoulos

Novos protestos nas ruas de Atenas, com confrontos entre quatro mil manifestantes e a polícia, marcaram o 2.º aniversário da morte do adolescente Alexis Grigoropoulos por um agente da polícia, que em 2008 precipitou uma onda de rebelião intensa na Grécia.
A morte do estudante por um polícia, em Dezembro de 2008, provocou uma vaga de protestos durante semanas em toda a Grécia. Na foto, a polícia guarda o parlamento grego, 6 de Dezembro de 2010. Foto Simela Pantzartzi/LUSA/EPA.

À revolta dos milhares de manifestantes, sobretudo aos jovens que atiravam pedras, cocktails Molotov e laranjas, a polícia ripostou com gás lacrimogéneo, descreve a BBC. 

Tal como em 2008, a manifestação desta segunda-feira é uma resposta às medidas de austeridade impostas pelo FMI e a União Europeias e à crise económica na Grécia. Acontece quatro dias depois de os estudantes terem saído às ruas de Atenas contra os cortes no orçamento das universidades e em solidariedade com a luta contra as propinas dos estudantes britânicos.

"Vemos um futuro muito negro. Como podemos não o ver assim?", diz um dos estudantes presente na manifestação numa entrevista para a televisão.

A polícia proibiu por completo o tráfego automóvel em todas as avenidas do centro da cidade, desde a manhã desta segunda-feira até às 7h de amanhã. É a primeira vez que se adoptam medidas de segurança tão restritivas na capital grega.

No local onde Grigoropoulos foi morto, várias pessoas se reuniram para prestar homenagem em silêncio. Muitos deixaram flores e velas ao lado da placa de mármore com a inscrição: "Em memória ao jovem Alexis, ele tinha apenas 15 anos."

A morte do estudante em Dezembro de 2008 provocou uma vaga de protestos durante semanas em toda a Grécia. O polícia autor dos disparos foi condenado a prisão perpétua pelo homicídio do adolescente e um outro agente da polícia tem de cumprir dez anos de prisão.

Para 15 de Dezembro, está agendada uma greve geral, convocada pelas centrais sindicais, pelo que são esperadas novas manifestações no país.

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