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Brasil reconhece Estado Palestiniano

O Brasil anunciou, nesta sexta feira através de uma nota do Ministério das Relações Exteriores, o reconhecimento de um Estado palestiniano nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967. A nota diz que a decisão foi tomada como resposta a um pedido feito em Novembro passado pelo presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.
Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores do Brasil, afirmou, à chegada a Mar del Plata na Argentina, para participar na Cimeira Ibero-Americana, que "o reconhecimento do Estado da Palestina é a melhor maneira de contribuir neste momento para o processo de paz, que está em estancamento".
Para Celso Amorim, "a decisão não implica abandonar a convicção de que são imprescindíveis negociações entre israelitas e palestinianos, a fim de que se alcancem concessões mútuas sobre questões centrais do conflito".
Em reacção ao reconhecimento brasileiro de um Estado palestiniano, um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel refere que "Israel lamenta e expressa a sua decepção depois da decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adoptada um mês antes de passar o poder para a presidente eleita Dilma Rousseff".
O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros disse ainda que a decisão "constitui uma violação dos acordos interinos assinados entre Israel e a Autoridade palestiniana e que estipulam que o tema do futuro da Cisjordânia e da Faixa de Gaza será discutido e definido mediante negociações".
Nos EUA, a decisão foi criticada pela líder dos republicanos na comissão de Negócios Estrangeiros da Câmara de Representantes, Ileana Ros-Lehtinen, e pelo congressista democrata Eliot Engel.
Para Ileana Ros-Lehtinen, a decisão do governo do Brasil "é lamentável e só vai prejudicar um pouco mais a paz e a segurança no Médio Oriente".
Eliot Engel disse que o Brasil tomou uma decisão "extremamente imprudente", considerando que ela significa "o último suspiro de uma política externa (brasileira) que se isolou muito sob o governo de Lula".
Engel acrescentou ainda: "Só podemos esperar que a nova liderança que vem para o Brasil mude o curso e entenda que este não é o caminho para ganhar a preferência como uma potência emergente, ou para se tornar um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas".
Comments
Esta forma de dar a notícia,
Esta forma de dar a notícia, pretensamente neutra e sem mais comentários, mas tão do agrado dos donos da midia, do poder reinante e de jornalistas pretensamente imparciais, na minha modesta opinião, ainda por cima num tema tão grave como o da Palestina, não serve os objectivos do esq.net. Será leviano o argumento de não querer condicionar os leitores, de assim lhes deixar formar a sua própria opinião, ou de atrair mais alguns com um estilo não sectário.
Ou então, de imaginar uma possível ironia implícita na citação, sem mais, do que diz o "lado" israelita. A não ser que o esq.net ache que os seus leitores são todos muito entendidos na matéria e pouco se preocupe em alargar-se ao comum dos mortais portugueses.
Por mim, acho que, com um pouco mais de habilidade jornalística e de sentido crítico, se podem fazer notícias politicamente correctas (não imagino que queiram nesta questão brincar ao "politicamente incorrecto")não caindo do 8 para o 80...
Concordo com Vítor Ruivo.
Concordo com Vítor Ruivo. Quando estava a ler a notícia aqui publicada, por um momento tive que subir a página para confirmar qual era o site, pois que por um momento pareceu-me estar a ler um artigo publicado nos mídia oficiais. A única explicação para isto é que este artigo foi produzido pelo método do "copiar e colar", mas também me parece que estamos a abordar um assunto demasiado sério para tão grande ligeireza.
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