O desemprego na Zona Euro atingiu os 10,1 por cento em Outubro último, o mais elevado registado desde que existe a moeda única e desde 1998 no conjunto dos países que integram o grupo, de acordo com as estatísticas oficiais da União Europeia divulgadas através do Eurostat. São cerca de 16 milhões os cidadãos sem emprego na Zona Euro e 23, 15 milhões em toda a União Europeia, onde a taxa é de 9,6 por cento. Portugal tem 11 por cento de desempregados - é o 20º país entre os 27 - mas com 12,4 por cento de mulheres desempregadas só a Eslováquia e a Espanha estão em pior situação neste sector.
Os dados do Eurostat relativos a Outubro de 2010
De acordo com o Eurostat, entre Outubro de 2009 e o mesmo mês de 2010 entraram mais 590 mil pessoas no desemprego em toda a União Europeia, e mais 400 mil na Zona Euro. Estes dados referem-se meramente às estatísticas oficiais, não incluindo desemprego não registado nos respectivos serviços, o desemprego de muito longa duração e integrando o trabalho precário na situação de pleno emprego. Segundo os sindicatos alemães, por exemplo, a baixa oficial de desemprego registada na Alemanha, de 7,5 para 6,7 por cento, está relacionada praticamente na íntegra com trabalho precário.
A Holanda, a Áustria e o Luxemburgo são os países com taxas de desemprego mais baixas; do lado oposto estão a Irlanda (14,1 por cento), a Eslováquia (14,7 por cento), a Lituânia (18,4 por cento), a Letónia (19,4 por cento) e a Espanha (20,7 por cento).
As subidas mais acentuadas do desemprego tanto na Zona Euro como na totalidade dos 27 registou-se nos sectores das mulheres e dos jovens até aos 25 anos - onde se verifica uma situação de desemprego globalmente superior a um em cada cinco cidadãos.
O desemprego entre as mulheres atingiu os 10,3 por cento em Outubro (subindo de 9,9) na Zona Euro e de 9,6 por cento na União Europeia. Em Portugal a taxa é de 12,4 por cento.
Nos jovens até aos 25 anos a média europeia é de 20,4 por cento e na Zona Euro é de 20,1 por cento. Portugal está bem acima da média, com 22,7 por cento. Os casos extremos são os da Letónia (34 por cento), da Lituânia (25,3 por cento) e de Espanha (43,2 por cento).
Publicado no portal do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu
