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Obama congela salários da função pública

Os salários da função pública serão congelados por um período de, pelo menos, 2 anos. Esta medida é apresentada como a “primeira de muitas medidas” que serão implementadas “para dar ao país uma base fiscal sólida".
Republicanos e democratas estão juntos nas medidas de redução do défice, ao corte nos apoios sociais, ao ataque aos direitos dos trabalhadores. Foto de Lil Wayne.

Na passada segunda-feira, o presidente dos EUA anunciou o congelamento, por um período de dois anos, os salários de todos os funcionários públicos civis. Os funcionários militares não serão afectados.

Esta medida permitirá, segundo o subdirector do gabinete de gestão e orçamento da Casa Branca, Jeffrey Zients, uma poupança de dois mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) no actual ano fiscal, e 28 mil milhões de dólares (21,1 mil milhões de euros) dentro de cinco anos. Num período de 10 anos, esse valor poderá ascender a 45,2 mil milhões de euros

Aos jornalistas, Obama referiu que” para controlar o défice”, que, em 2011, deverá atingir os 9,2%, é necessário “fazer sacrifícios significativos" e incitou os republicanos a cooperar na luta contra o défice.

A Casa Branca anunciou em comunicado que esta "É a primeira de muitas medidas” que tomarão “relacionada ao próximo orçamento, para dar ao país uma base fiscal sólida, que vai exigir sacrifícios de todos nós".

Esta medida é comunicada após um resultado nas eleições legislativas que penaliza os democratas, na qual os eleitores expressaram, segundo os analistas, a sua preocupação face à lenta e ineficaz recuperação da economia e ao aumento da divida pública.

O anúncio precede também o relatório da comissão presidencial para a redução do défice que apresentará algumas recomendações sobre como diminuir a divida dos EUA, entre as quais o aumento da idade da reforma e a diminuição dos gastos com protecção social.

Obama aproxima-se, desta forma, cada vez mais da agenda republicana. Prevê-se uma união entre os dois partidos no que respeita, entre outras, às medidas de redução do défice, ao corte nos apoios sociais, ao ataque aos direitos dos trabalhadores.

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