You are here

Incêndios florestais: 126 mil hectares de área ardida

A área ardida, entre Janeiro e Setembro de 2010, é de 125.852 hectares diz a AFN. Bloco apresenta proposta de reforço das competências das Zonas de Intervenção Florestal para prevenir fogos.
Bombeiro combate incêndio no Parque Nacional Peneda Gerês, 16 de Agosto de 2010 – Foto Hugo Delgado/Epa/Lusa

Segundo o relatório da Autoridade Florestal Nacional (AFN), divulgada nesta segunda feira, registaram-se 20.927 ocorrências de fogo (3.638 incêndios florestais e 17.289 fogachos), levando a que tivesse ardido uma área de 125.852 hectares, sendo 43.608 hectares de povoamentos florestais e 82.244 hectares de matos (65%).

Segundo a agência Lusa, o relatório da AFN refere que “o total de área ardida é cerca de 87 % da média dos 10 anos anteriores (menos 18.577 hectares). A área ardida, até Setembro de 2010, é inferior, quando comparada com a área de 2000, 2003 e 2005”.

Para a AFN, “as condições meteorológicas adversas registadas durante o Verão (segundo o Instituto de Meteorologia, o Verão de 2010 foi o segundo mais quente desde 1931) foram determinantes para a dimensão da área ardida. Após um mês de Julho muito quente e seco seguiu-se um mês de Agosto igualmente muito quente e seco, tendo ocorrido durante este período três ondas de calor, duas em Julho e uma no início de Agosto”.

Entretanto, o Bloco de Esquerda divulgou um comunicado anunciando que vai apresentar na quarta feira uma proposta para o reforço das competências das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), tendo em conta o “preocupante balanço dos incêndios florestais” nas áreas protegidas e que a “presença de material combustível em excesso” é “uma situação de extrema preocupação, considerando que é um dos factores que mais influencia o número de ignições e a dimensão dos incêndios florestais”.

O Bloco quer que o Governo atribua às entidades gestoras das ZIF “competências para intervirem no território sempre que um proprietário ou entidade responsável por uma determinada intervenção não cumpram com o estabelecido nos planos de gestão e de intervenção florestal” e recomenda que se “escuse as entidades gestoras das ZIF da identificação nominal de todos os proprietários e identificação de todos os prédios rústicos, compreendidos na área da respetiva ZIF, para a elaboração dos Planos de Gestão Florestal (PGF) e Planos Específicos de Intervenção Florestal (PEIF)”.

O Bloco defende ainda que o Governo prontifique “o acesso das ZIF aos fundos do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER)” e que “torne acessíveis às entidades gestoras das ZIF as verbas da União Europeia relativas à Defesa da Floresta Contra Incêndios, principalmente para o combate ao nemátodo da madeira do pinheiro, que assola gravemente vastas zonas florestais”.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Ambiente
(...)