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Cem mil contra plano nuclear de Merkel

As centrais nucleares deviam encerrar até 2022, o governo Merkel revogou o “apagão” progressivo e prolongou-as por mais até 14 anos. Cem mil pessoas manifestaram-se em Berlim contra a decisão do governo.
Manifestação pelo encerramento das centrais nucleares na Alemanha, Berlim, 18 de Setembro de 2010 – Foto de Wolfgang Kumm/Epa/Lusa

Cerca de cem mil manifestaram-se neste sábado, contra a decisão do governo de prolongar a vida de 17 centrais nucleares por mais entre 10 e 14 anos, numa média de 12 anos.

Em 2000, o governo de Schroeder aprovou um plano de encerramento progressivo das centrais nucleares alemãs, que culminaria em 2022, com o encerramento da última central, deixando a Alemanha de ter centrais nucleares.

O actual governo conservador de Angela Merkel, revugou agora esse plano, prolongando a vida das centrais nucleares e adiando o encerramento da última de 2022 para 2034.

A manifestação deste sábado decorreu desde a estação central de Berlim até ao centro da cidade, tendo formado um cordão humano rodeando a sede do parlamento e também do governo da Alemanha.

O protesto foi convocado por organizações ambientalistas e também pelos partidos da oposição, Verdes, SPD e Die Linke. Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra a energia nuclear (como, “Energia nuclear: Não Obrigado”) e reivindicaram acabar agora com a energia nuclear.

De acordo com o plano governamental, as empresas de energia deverão pagar 2.300 milhões de euros anuais para um fundo para o desenvolvimento das energias renováveis, num total global de 30.000 milhões de euros. As organizações ambientalistas e os partidos da oposição consideram que esta medida favorece as empresas de energia e provocará um atraso no desenvolvimento das energias renováveis.

Termos relacionados Energia nuclear, Ambiente
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