O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Francisco Braz, declarou à agência Lusa que o “objectivo da greve, em primeiro lugar, é levar o Governo a respeitar a sua própria legislação e a não pôr em causa a autonomia das autarquias, tentando governar as câmaras graças ao seu desejo de reduzir salários”.
Francisco Braz diz que a greve é também, para defender “o direito à contratação colectiva no poder local”, realçando que “o Governo tem que perceber que não pode interferir, nomeadamente no que se refere a empresas como a Águas de Portugal, maioritariamente controlada pelo Estado, e os bombeiros, onde o Governo tem andado a fazer a palhaçada de tentar substituir-se a outros parceiros”.
O site do STAL salienta como pontos essencias para a greve: o protesto contra a “adaptabilidade dos horários de trabalho que o Governo quer obrigar as autarquias a introduzir nos acordos de entidade empregadora”; a luta “ pela mudança de posicionamento remuneratório de todos os trabalhadores que tenham pelo menos cinco anos com uma avaliação de Bom ou equivalente”; a integração dos contratados; a exigência de “salários justos, segurança no emprego, respeito pelos direitos, aposentação digna”.
Esta greve convocada pelo STAL, que espera uma grande adesão, assume também a defesa dos serviços públicos e o combate às privatizações.
Durante o protesto, vão existir diversos piquetes de greve e estão confirmadas três concentrações de trabalhadores de autarquias: uma na Câmara Municipal de Castelo Branco, às 09h; outra na de Évora, à mesma hora; e a terceira nos Paços do Concelho da Nazaré, às 14h.
