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França: ministro ameaça demitir-se devido à expulsão de ciganos

“Ocupo-me dos ciganos há 25 anos. Não estou nada contente com esta polémica, com esta espécie de maionese verbal”, disse Kouchner, nesta segunda-feira, na rede RTL, referindo-se à deportação de mais de 8 mil ciganos de França para os seus países de origem desde o início do ano.
Afirmando sentir “o coração apertado”, o ministro disse ter pensado no que fazer para remediar o problema: “demitir-me, pensei”. E não o fez, disse, porque “partir seria desertar, aceitar”, dando a entender que falou com o presidente Sarkozy.
A França foi vivamente criticada pela ONU, devido à sua política de deportações de ciganos, e a Comissão Europeia exprimiu o seu mal-estar.
Mas o primeiro-ministro, François Fillon, reagiu em seguida, destacando que Kouchner não só não pediu demissão, como fez um discurso diante dos embaixadores em que defendeu a política do governo e criticou os que a compararam às deportações de ciganos feitas pelos nazis.
Mais tarde, o governo francês endureceu o discurso e anunciou que vai rever a lei da imigração para tornar possível a expulsão de estrangeiros que “ameacem a ordem pública através de actos repetidos de roubo ou mendicidade violenta”, segundo o ministro da Imigração, Eric Besson.
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