Ignacio Ramonet

Ignacio Ramonet

Jornalista. Diretor da edição espanhola do Le Monde Diplomatique. Foi diretor da edição francesa entre 1990 e 2008.

O que chamamos “estado de bem-estar”, os mercados já não toleram e querem demolir. Esta é a missão estratégica dos tecnocratas que chegam ao centro do governo graças a uma nova forma de tomada de poder: o golpe de Estado financeiro.

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Fukushima marca, em matéria de energia atómica, o fim de uma ilusão e o início da era pós-nuclear. Classificado agora no nível 7 ou superior na escala internacional de incidentes nucleares (INES), o desastre japonês é comparável ao de Chernobyl (na Ucrânia, ocorreu em 1986) devido aos seus "efeitos radioactivos significativos sobre a saúde humana e o ambiente".

Estes regimes autoritários foram (e continuam a ser) protegidos de modo complacente pelas democracias europeias, que desprezaram os seus próprios valores sob o pretexto de que constituíam baluartes contra o islamismo radical.

O “caso Bettencourt” que agita a França com o seu vendaval de detenções, ódios familiares, cheques ocultos, gravações furtivas, malfeitorias fiscais e doações ilegais ao partido do Presidente Nicolas Sarkozy, está a afundar o país numa profunda crise moral.