Ricardo Moreira

Ricardo Moreira

Engenheiro e mestre em Políticas Públicas, doutorando em Alterações Climáticas, autor da série documental Cidades Impossíveis e deputado municipal pelo Bloco de Esquerda em Lisboa. Dirigente do Bloco.

A crise na habitação é a mais grave que o país enfrenta e não temos ferramentas para a combater. Precisamos de um Serviço Nacional de Habitação.

Curiosamente, o primeiro município português que vai avançar para a mobilidade interna gratuita é governado pelo PSD, o único partido que votou contra a redução do valor dos passes na Assembleia da República.

É preciso não ter ilusões: a redução do preço dos passes só será uma boa medida com investimento nas infraestruturas de transportes.

Aceitar este mito é aceitar a precariedade e os baixos salários como naturais. É também minar as raízes do Estado social, porque é aceitar o “cada um por si”.

Precisamos do feminismo para deixarmos de fingir que os comportamentos machistas são normais, que existem papéis sociais determinados ou naturais para mulheres e homens.

Nele descobrimos um ecletismo radical e não World Music, e é nessa promessa que está a possibilidade de poder empurrar as fronteiras do possível.

A repetição do mantra da vedação em nome da segurança só nos recorda outros muros erguidos em nome da segurança, sem que nada seja realmente resolvido.

O centrão do PS e PSD, que esperam ser governo à vez, querem atirar para cima dos seus presidentes de Câmara os problemas que não conseguem resolver.

Escolher não mudar nada é negar aos mais jovens e aos mais velhos, que estão a ser expulsos das cidades, o seu direito à habitação e à cidade.

O que o país e as famílias precisam é que o ensino seja gratuito, universal e de qualidade desde a creche até à universidade.