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Violência da polícia marroquina não tem limites

Este domingo, na capital do Sahara Ocidental Ocupado, a polícia marroquina faz dezenas de feridos, carregando brutalmente nos saharauis que recebiam os activistas regressados dos acampamentos de refugiados em Tindouf.
A jovem Elgkalya Hayouh e Mohamed Manolo, dois dos cerca de três dezenas de saharauis espancados pela polícia marroquina, neste domingo.

Segundo um comunicado da Associação de Amizade Portugal Sahara – Ocidental, a recepção aos onze activistas saharauis que regressavam, este domingo, a El Aaiún, vindos de Tindouf converteu-se “numa verdadeira batalha campal”.

A polícia marroquina carregou contra cerca de 300 saharauis que se haviam concentrado para os receber. Os feridos, com golpes na cabeça e um pouco por todo o corpo são mais de trinta. Entre os feridos encontram-se dois cidadãos espanhóis.

A polícia carregou brutalmente sem qualquer aviso prévio, lê-se no comunicado. Muitos dos saharauis barricaram-se numa moradia que foi cercada e apedrejada pela polícia. Várias foram as pessoas que quiseram abandonar a moradia, mas muitas delas regressaram em busca de refúgio depois de serem alvo de bárbaros espancamentos.

A Associação conta também que, nos últimos meses, numerosos activistas dos Direitos Humanos dos territórios ocupados têm visitado os acampamentos de Tindouf e vem sendo frequente que no seu regresso sejam organizadas recepções por parte dos seus compatriotas saharauis.

No entanto, segundo testemunhas oculares, e nomeadamente espanhóis que presenciaram os últimos acontecimentos na capital do Sahara Ocidental ocupada, o grau de violência exibido na noite deste domingo pela polícia marroquina foi classificado de "inaudito" por fontes jurídicas que acompanham há muito tempo o problema do Sahara.

A jornalista espanhola, Laura Gallego, que se encontrava na moradia onde se encontravam os membros da delegação na noite de Domingo, declarou que a polícia cercava a casa e "lançava pedras e outros objectos sobre o telhado".

Entre os feridos estão: Izanaa Ameidane, Kaltoum Lebsir, Mohamed Hali, Manolo Mohamed, Hassan Dah, Lemjeyed Sidahmed, El Gali Hayuh, Fatma Baria, Chrifa Brir e os observadores espanhóis Lorraine López e José Vicente. 

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