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"Sair da crise passa pelo reforço do Estado social"

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No comício de verão do Bloco de Esquerda na Ericeira, as intervenções destacaram o debate do Estado na Nação, o agravamento da crise e as propostas para responder à emergência social que o país atravessa. Ver fotogaleria.

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O rescaldo do debate do Estado na Nação, o agravamento da crise económica e dos seus efeitos directos sobre a população e as propostas para responder à emergência social que o país atravessa estiveram em destaque no comício de verão do Bloco de Esquerda na Ericeira, que foi acompanhado por cerca de uma centena de pessoas.

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A noite foi aberta por Aníbal Ferra, eleito do Bloco na Assembleia Municipal, que fez uma pequena retrospectiva da intervenção local, que, ao longo do último ano, se centrou muito no combate ao desperdício e à falta de transparência promovidos pelas empresas municipais de Mafra: “estas empresas também são responsáveis pela crise em que vivemos, pelo desperdício e pela má gestão que fomentam”, disse.

O crescendo das desigualdades em Portugal estiveram no centro da intervenção de Rita Calvário, que apontou o crescimento do desemprego, o aumento de desempregados sem qualquer apoio ou nos 600 novos milionários que o país viu aparecer durante o ano de 2009. A resposta à crise “tem de passar por um combate sério à pobreza que, pese o optimismo do primeiro ministro, afecta cada vez mais e com mais severidade os desempregados, os jovens, as crianças e os idosos”.

Também Helena Pinto sublinhou que a “saída para a crise é possível, mas passa por uma política de reforço do estado social e não por retirar a quem precisa os apoios fundamentais para uma vida digna”. A deputada alertou para o facto de que os dados oficiais sobre a pobreza agora conhecidos serem de 2008 e que os índices e estatísticas que agora denotam alguma melhoria irão, no futuro próximo, demonstrar o agravar da crise e do desemprego, e o efeito das medidas anti-sociais aplicadas pelo governo ao abrigo do PEC e que têm os mais pobres como alvo preferencial.
 
A necessidade de um governo de Esquerda, que responda ao desemprego e à precariedade e que inverta o ciclo de políticas recessivas que o país tem enfrentado foi a resposta dada por Francisco Louçã à proposta de Paulo Portas de constituição de um Governo entre PS, PSD e CDS-PP.

Louçã considerou esta proposta como um truque, já que, considerando as legislativas de 2009, não tem qualquer legitimidade eleitoral «Se esse Governo tiver votos tem direito a governar, mas não pode governar sem ter a expressão da vontade das pessoas».

«Para isso, era necessário que houvesse eleições», afirmou.

Para Louçã, este acordo, significa a continuação da política do tango que tem sido levada a cabo pelo PS com o apoio disfarçado de Passos Coelho e do PSD, e que tem como consequências as medidas de austeridade que a população está já a sentir, sem que os ricos e poderosos sejam devidamente taxados, ou o programa de privatizações da Galp, REN, dos aeroportos e dos correios, que é “estrategicamente errada e terá custos acrescidos para todos nós”. 

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