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Greve geral paralisa Índia

Paralisação foi convocada por toda a oposição, contra o aumento do preço dos combustíveis e do gás de cozinha. Por Tomi Mori, de Tóquio para o Esquerda.net
Protesto na Índia. Foto de jynxzero, FlickR

 

A Índia vive dias de revolta. Após vários dias de protestos na Caxemira durante os últimos dias devido ao assassinato de vários jovens, o país foi foi paralisado, na segunda-feira, pela greve geral convocada pela maioria da oposição ao governo do primeiro ministro Singh, que aumentou o preço dos combustíveis e do gás de cozinha. O aumento dos combustíveis, como todos sabem, atinge, principalmente, o bolso dos trabalhadores, desempregados e sectores oprimidos da sociedade, já que acarreta elevação imediata dos preços sem elevar os salários, corroendo o poder aquisitivo da população numa espiral inflacionaria. O objectivo do governo, ao aumentar os combustíveis, é de arrecadar mais impostos para tapar os buracos do défice público

A “bandh” (que significa greve geral em hindi) chamada pela oposição teve adesão massiva da população do pais. Foi particularmente forte nos estados dirigidos pela oposição, como West Bengal, Gujarat, Kerala, Kamataka e Bihar.

Nas grandes cidades, como Nova Delhi, Mumbai e Bangalore, as massas tomaram as ruas, ocorrendo vários confrontos com a polícia.

Dessa vez não foram presos apenas trabalhadores, como sempre ocorre. Também várias lideranças políticas foram presas, já que a “bandh” é ilegal no país.

Bangalore, a Meca da tecnologia da Índia, onde estão instaladas 1500 empresas “info-tech”, ficou com as ruas vazias, com a paralisação do transporte publico.

Em Nova Delhi, os manifestantes pararam os veículos que tentavam trafegar no centro da cidade.

Em Guwahati, capital do estado de Assam, escolas também não funcionaram e apenas algumas lojas abriram as portas. O mesmo ocorreu em Chennal, no sul do país.

A Associação de Câmaras de Comércio e Induústria da Índia afirmou que a “bandh” afectou as indústrias na maior parte do país.

Cerca de 60 linhas de comboio de longa distância foram paralisadas. Foram cancelados 93 voos nacionais e internacionais.

Em Mumbai, capital financeira do pais, os táxis e caminhões não trafegaram e 86 voos foram cancelados. O aeroporto de Kolkata (antiga Calcutá) foi totalmente paralisado. 

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