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Uma catástrofe à espera de acontecer…

No coração do derrame provocado pela Deepwater Horizon está a procura do lucro. O derrame no Golfo do México é já, sem dúvida, o pior desastre ambiental na história dos E.U.A. Por Nicole Colson.
Protesto contra a BP em Bloomington, Minnesota, EUA. Foto de Fibonacci Blue/ Flickr

Com mais de um mês de crise, e na véspera de mais uma solução sempre-menos-eficaz-que-a-anterior na tentativa de estancar o derrame do poço da Deepwater Horizon, que continua a jorrar, fontes oficiais da gigantesca petrolífera BP parecem mais incompetentes e menos credíveis a cada dia que passa.

Não são apenas os sucessivos falhanços – “cúpulas” defeituosas, o falhanço da tentativa de estancar o fluxo do crude bombeando densas “lamas da perfuração" para o interior do poço, numa estratégia conhecida como "top kill," uma tentativa desesperada de atirar bolas de golfe e outros detritos para dentro do poço, para o tapar, uma serra robótica que ficou presa enquanto cortava um tubo.

Há também o à vontade com que os principais executivos da BP continuam a mentir quanto à gravidade do derrame, dos perigos que conheciam com antecedência, dos gastos com segurança e ambiente que foram reduzidos para aumentar o lucro, e, evidentemente, a ideia formada de que a empresa irá “pagar” pela limpeza.

Entretanto, as marés negras de petróleo no Golfo do México continuam a alastrar – havendo relatos da existência de manchas com 35 quilómetros de diâmetro – estrangulando a vida marinha, contaminando centenas de quilómetros de praias em diversos estados com aquela substância viscosa, devastando as economias locais.

O derrame é agora, sem dúvida, o pior desastre ambiental na história dos E.U.A. Se as mais modestas estimativas feitas por ambientalistas – que cerca de 19 000 barris de petróleo são vomitados pelo poço, diariamente – estão correctas, então, cerca de 779 000 barris (ou 144 milhões de litros) de petróleo foram libertados para a água até ao final de Maio.

Em termos comparativos, o derrame do petroleiro Exxon Valdez, em 1989, lançou para as águas cerca de 250 000 barris de petróleo (47,6 milhões de litros) no Canal do Príncipe William, no Golfo do Alasca.

Dada a fragilidade do ecossistema do golfo, o derrame irá, sem dúvida, ter um impacto muito maior na fauna e flora marítimas nas décadas que virão.

E – mais boas notícias – com a época dos furacões a aproximar-se, os cientistas preocupam-se com a possibilidade de um furacão se deslocar pela zona do derrame e o espalhar para áreas mais extensas e mais interiores, até delicados terrenos pantanosos. “Tal iria, definitivamente, transformar um desastre ambiental numa catástrofe ambiental sem precedentes”, disse ao New York Times, Brian D. McNoldy, um investigador de tempestades tropicais na Universidade do Estado do Colorado.

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À medida que o desastre se acentua,vai ficando mais claro o que os funcionários da BP conheciam sobre o potencial desastre e como prevê-lo.

O New York Times revelou que memorandos internos da BP indicavam, quase há um ano atrás, sérios problemas e preocupações com questões de segurança na estrutura da Deepwater Horizon. De acordo com o Times:

“Os documentos mostram que, em Março, depois de várias semanas com problemas no equipamento, a BP lutava contra a perda de “well control” [sistema de controlo do perigo das pressões elevadas nas plataformas de propensão]. E já há 11 meses atrás, a empresa estava preocupada com a cobertura do poço e com o sistema de prevenção de rebentamentos petrolíferos.

A 22 de Junho, por exemplo, engenheiros da BP informaram a empresa quanto ao facto de a cobertura de metal que iria ser usada poder entrar em colapso sob elevadas pressões. «Isto seria, certamente, o pior cenário das consequências», avisou num relatório interno um engenheiro superior de perfuração da BP, Mark E. Hafle. «Porém, já vi isso acontecer, logo, tenho consciência de que pode ocorrer».

A empresa foi em frente com aquela cobertura, mas apenas depois de obter autorizações especiais de outros membros da BP, porque essa situação violava as políticas de segurança e os padrões de design da companhia.”

Noutro documento – este é de Abril do presente ano (imediatamente antes do derrame descontrolado começar) – os engenheiros da BP concluíram que a cobertura “seria um improvável trabalho de betão com sucesso”, referindo-se à forma como a cobertura seria selada para prevenir eventuais fugas de gases do poço, o que pode ter contribuído para o desastre. Citando o Times, “O documento acrescenta ainda que o plano para cobrir o poço é ‘incapaz de cumprir os regulamentos da MMS (Serviço de Gestão de Minerais)’”.

Todavia, uma versão posterior do mesmo documento, diz que “é possível obter um trabalho de betão bem sucedido” e “é possível cumprir os regulamentos da MMS”.

Da mesma forma, os documentos obtidos pelo Times, sob um Acto de Liberdade de Informação, pediam:

“Mostravam que, em Março, quando os problemas no equipamento começaram a incluir queda de terras e lamas para o local de perfuração, repentinas libertações de gases, conhecidos como “kicks”, e a queda de um tubo para o poço, as autoridades da BP informaram os fiscais federais de que estavam a lutar contra a perda de controlo do poço. Em pelo menos três ocasiões, os registos da BP indicam que o sistema de prevenção de rebentamentos petrolíferos estava com fugas e a verter fluídos, e que, segundo recomendações do fabricante, tinha atingido o limite da capacidade de operar dentro dos parâmetros de segurança”.

Apesar dos múltiplos problemas - avisos para o que estava realmente para acontecer – as autoridades da BP não consideraram interromper o funcionamento do equipamento, mesmo temporariamente, por forma a compreender os riscos possíveis. Ao invés, fontes oficiais da MMS, permitiram à BP contornar temporariamente a realização de um teste de ordem federal ao sistema de prevenção de rebentamentos petrolíferos (que, supostamente, deveria ocorrer a cada duas semanas).

Quando a BP decidiu, finalmente, recomeçar os testes, o sistema foi “testado a baixa pressão – cerca de 3,11 milibares – enquanto os testes que foram feitos antes do adiamento usavam uma pressão de cerca de 4,79 milibares. Os testes nesta baixa pressão foram efectuados antes da explosão,” segundo o Times.

O atalho tomado pela BP aparenta ter-se estendido até 20 de Abril – o dia em que o equipamento explodiu.

De acordo com os jornais de McClatchy:

Os executivos da empresa e o pessoal do sistema de perfuração da Deepwater Horizon passaram horas a discutir sobre o modo como deveriam proceder antes das autoridades da BP tomarem a decisão da remoção dos fluídos pesados da perfuração do poço e substituí-los com água do mar, mais leve mas incapaz de impedir que os gases emerjam à superfície e consequentemente expludam.

Um dos funcionários ficou tão furioso, testemunhou o mecânico-chefe de equipamento Doug Brown, visto que tinha avisado que apenas poderiam contar com o rebentamento da estrutura no equipamento se procedessem como a BP queria.

«Ele refilou bastante, ’Bem, penso que é para isso que temos aqueles pinchers [tenazes]’», disse Brown referindo-se a Jimmy Harrel, a autoridade máxima da Transocean na plataforma de perfuração. Pinchers [tenazes] foi o termo usado para fazer igualmente referência ao elemento de controlo de pressão da válvula de prevenção, os meios de recurso para impedir uma explosão.

Brown testemunhou sob juramento, na quarta-feira, que as autoridades da BP se impuseram durante o encontro e disseram, «É assim que vai ser»”.

Esta decisão retirou a hipótese de usar uma das últimas medidas de segurança que podiam ter impedido o acidente. Como refere desanimadamente o artigo de McClatchy, “É o tipo de luta contra o poder que existe em todas as plataformas marítimas, porém a luta na Deepwater Horizon teve consequências mortais”.

Segundo o comentário ao artigo de Michael Schwartz (escritor e professor universitário):

“Esta é a prova de que o acidente foi um acidente «normal» – este tipo de discussões ocorrem a toda a hora e, por norma, ou acabam de uma maneira ou acabam de outra. As escolhas quanto à segurança versus eficiência são endémicas nestes dois sistemas em que a linha que os separa é tão ténue, e criam condições para que aconteçam acidentes – uma muito remota possibilidade.

Todavia, quando se repetem vezes sem conta (isto é, se são «todas muito comuns»), está-se a transformar aquela muito remota possibilidade numa probabilidade. Eventualmente, o tiro no escuro acerta, tal como a roleta acerta finalmente por calhar no zero duplo.”

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E quando o desastre surge, a BP estava de todo preparada para responder.

Segundo Jonathan Hiskes, do site ambientalista www.Grist.org, as companhias petrolíferas como a BP são obrigadas, por lei, a prever um plano aprofundado de resposta a um possível derrame – plano de resposta – e a MMS supostamente aprova esses planos – antes de estas começarem as perfurações. Aqui encontramos algumas das jóias que o plano da BP continha, segundo Hiskes:

1. A BP menciona leões marinhos, focas, lontras do mar e morsas no seu Plano de Resposta a Derrames Petrolíferos para a região do Golfo do México. Os génios que conceberam o plano ou não sabiam patavina sobre animais selvagens, ou plagiaram o texto de um plano adaptado à região do Árctico.

2. O “plano” da BP contém um site japonês de compras a partir de casa, como um link para «um dos seu principais fornecedores de equipamento básico para a BP no Golfo do México, para um rápida e estratégica resposta a derrames, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana».

Aparentemente, o site não tinha uma cúpula de contenção de 100 toneladas em stock – levou vários dias até que os trabalhadores conseguissem construir uma, numa tentativa prévia de tapar a fuga… que falhou.

3. O “plano” não incluía qualquer informação sobre como localizar derrames submersos, provenientes de explosões em profundidade, embora mais petróleo possa espalhar-se sob a superfície do que à tona.

4. O “plano” não continha quaisquer dados oceanográficos ou meteorológicos, apesar da plataforma oceânica estar situada num região propensa a furacões.

5. O “plano” dá instruções aos porta-vozes da BP para nunca fazerem «promessas de que a propriedade, meio ambiente ou qualquer outra coisa voltará ao seu estado normal». Parece uma esperta fuga às responsabilidades, embora isto possa ser mais honesto do que pretende a empresa.

6. O “plano” não incluía nenhuma medida quanto à prevenção de transmissão de doenças (vírus e bactérias) a animais capturados em instalações de reabilitação. Isto pasosu a ser considerado um risco maior depois do derrame de Exxon Valdez, segundo o PEER (Funcionários Públicos para a Responsabilidade Ambiental - Public Employees for Environmental Responsibility), que analisou o plano de resposta e classificou estes parâmetros como lapsos absurdos, em termos de senso comum.

7. As perto de 600 páginas do “plano” consistem maioritariamente em listas, números de telefone e formulários em branco, de acordo com Rick Steiner, membro dos quadros do PEER, um professor universitário e adepto do conservacionismo, que acompanhou o derrame do Exxon Valdez.

Ao invés de enfrentar os desafios que vieram com um derrame desta magnitude, a principal preocupação da BP aparenta ser o de limitar a exposição pública desta catástrofe e o de travar uma guerra de Relações Públicas. Por vezes, jornalistas que tentaram noticiar ou fotografar praias embebidas em petróleo foram mandados embora e até ameaçados de prisão pelas autoridades da BP e da Guarda Costeira.

Outro grande feito da BP parece ser despejar a maior quantidade possível do dispersante químico Corexit no Golfo, enquanto puder (trata-se de uma mistura tóxica de ingredientes como o glicol propileno, um constituinte chave em anticongelantes).

De facto, quando a Agência de Protecção Ambiental ordenou, recentemente, que fosse reduzida entre 50 e 75 por cento a quantidade de Corexit despejado nas águas, a BP recusou. A BP afirma que o Corexit é “a melhor e mais apropriada opção”. Porém, o que o dispersante na realidade faz é criar antes “uma fotogénica camada petrolífera na superfície do golfo para ser filmada pelas equipas de televisão", nas palavras do activista da Greenpeace, Mark Floegel.

Quando o Corexit não é suficiente, a BP está disposta a ir um pouco mais longe no encenamento da campanha de limpeza para manter a imagem de que a empresa está empenhada nisso.

Quando o Presidente Obama visitou a região do Golfo na passada semana, a BP mobilizou aparentemente centenas de trabalhadores “temporários” para a operação de limpezas - apenas para aquele dia.

Contudo, fontes oficiais em Jefferson Parish, La., disseram aos repórteres que até àquele acontecimento, não havia “mais de que uma dúzia” de trabalhadores na Grand Isle Beach. De acordo com o intendente municipal Chris Roberts, "O nível de limpeza e de cooperação que temos recebido da BP não é correspondente de maneira nenhuma com os esforços mostrados na ilha [ontem]... Assim que o presidente partiu, foram imediatamente postos em autocarros e enviados para casa".

Que um derrame petrolífero desta envergadura esteja a acontecer não deverá, tristemente, ser uma surpresa.

Desde 2005 que a BP – a companhia energética mais multada dos E.U.A. - pagou, sozinha, ao governo cerca de 390 milhões de euros em multas e acordos para negligenciar procedimentos de segurança dos trabalhadores e em penalizações por manipulação dos mercados energéticos. Como reporta Joshua Frank,

“Em 2009, a empresa de base britânica pagou cerca de 70,6 milhões de euros por uma única violação por negligência voluntária da Administração Ocupacional de Segurança e Saúde (OSHA - Occupational Safety and Health Administration), que levou à morte de 15 trabalhadores numa explosão numa refinaria do Texas, em 2005. A BP entregou mais de 40,5 milhões de euros ao Departamento da Justiça (DOJ) pelo mesmo crime.

Em 2006, uma fuga num oleoduto da BP, em Prudhoe Bay, no Alaska, resultou num acordo de 16 milhões de euros por alegadamente violações do Acto das Águas Limpas…

Só no último mês, a companhia pagou uma outra multa de 2,4 milhões de euros por violações das regras de segurança de 42 trabalhadores, numa refinaria do Ohio. De facto, se a BP fosse uma pessoa singular, passaria algum tempo na prisão, uma vez que organizou e foi acusada de dois crimes capitais separados por violação dos Actos da Água e do Ar Limpos”.

Nos três anos que passaram a BP respondeu por 760 violações de procedimentos de segurança. Exxon, por comparação, foi apenas uma.

Estas violações e multas que a BP tem vindo a pagar são apenas trocos para uma empresa que teve um lucro, em 2009, que ascendia aos 11 mil milhões de euros – e são, dificilmente, dissuasoras para uma empresa comprometida com o padrão do tomar atalhos na busca do lucro.

Mas para os ouvirmos falar sobre isto, as fontes oficiais da BP devem sentir que estão a ser “apanhados”. O Director Executivo Tony Hayward – que mais cedo fez manchetes nos jornais referindo-se ao derrame como “relativamente pequeno” – queixou-se aos repórteres na semana passada: “Não há ninguém que queira mais do que eu que isto acabe. Gostava de ter a minha vida de volta.”

Hayward meteu o pé na argola outra vez, ao dizer à CNN que uma evacuação de emergência por doença de nove trabalhadores da operação de limpeza, para um hospital de Nova Orleães, se deveu a uma provável “intoxicação alimentar” – ignorando o facto de pelo menos um dos trabalhadores (um pescador retirado do seu trabalho à força por causa do derrame) culpar a exposição ao Corexit como causa do seu estado de saúde.

Depois há o Presidente da BP, Carl-Henric Svanberg, que, apresentando visivelmente menos remorsos que Hayward, dirigiu uma parcamente disfarçada ameaça aos críticos americanos da BP. Svanberg disse ao Financial Times, "Os E.U.A. são um grande e importante mercado para a BP, e a BP é também uma grande e importante empresa para os E.U.A., com as suas contribuições na perfuração e produção de petróleo e gás. Portanto, a porta aqui abre-se para ambos os lados".

Contudo, tão preocupantes são as soluções lentas e inaptas ao derrame por parte das autoridades da BP, como a resposta da Administração Obama - que concedeu um extraordinário grau de confiança à BP para esta limpar o derrame que causou.

O sentimento público anti-BP tem vindo a crescer, e o contra as perfurações marítimas em geral também, e por isso a administração viu-se obrigada a tornar mais público o seu criticismo à BP, tentando suprimir a percepção de que a companhia não iria ser responsabilizada pela devastação que causou ao ambiente, às vidas de milhões de habitantes da Costa do Golfo, ou às famílias dos 11 trabalhadores que pereceram quando a Deepwater Horizon explodiu.

Porém, a comunicação feita esta semana pelo Departamento da Justiça diz que será levantado um inquérito criminal sobre a BP, a Transocean e a Halliburton – e não serão permitidas mais perfurações marítimas até se perceber o que correu mal com o derrame de Deepwater Horizon – deverá ser brindada com uma quantia razoável de cepticismo.

Assim, a comissão "bipartidária" para análise do caso da BP vai ser co-presidida pelo republicano William K. Reilly. Ainda que este tenha outrora sido o chefe da Agência de Protecção Ambiental, Reilly está, actualmente, no quadro directivo da ConocoPhillips, DuPont (empresa que fornece tecnologia para extracção de petróleo e de gás) e da Energy Future Holdings (uma companhia texana de energia eléctrica útil).

Nenhuma das autoridades da BP está disposta a passar um único dia na cadeia pela perda da vida dos 11 trabalhadores – ou pelo desastre ambiental que irá arruinar um sem-número de vidas e envenenar a região indefinidamente.

Mas eles deviam ser obrigados a pagar. Os empreendimentos da BP nos E.U.A. podiam ser nacionalizados – e deviam sê-lo – de forma a pagar os danos que a companhia fez.

Com dois meses ainda por percorrer até que um poço de alivio possa conter a fuga de petróleo que a cada dia que passa é mais compacta – literalmente - relembra as consequências de um sistema que põe os lucros corporativos à frente do ambiente.

3 de Junho de 2010

http://socialistworker.org/2010/06/03/catastrophe-waiting-to-happen

Tradução de João Tiago Branco para o Esquerda.net

(...)

Neste dossier:

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