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Scut: governo impotente vê revogados os 'chips'
A maratona de negociações entre o governo e o PSD em relação à cobrança de portagens nas Scuts fracassou e, assim, todos os partidos da oposição aprovaram esta quinta-feira na Assembleia da República a revogação dos diplomas do governo que instituíram a obrigatoriedade de instalação de chips nas matrículas, apenas com os votos contra do PS.
Assim, PSD, CDS, Bloco de Esquerda e PCP aprovaram os seus diplomas que previam a revogação dos decretos lei do governo que obrigavam à instalação de dispositivos electrónicos de matrícula (“chips”) nos veículos.
Na bancada do PS, os deputados respeitaram a disciplina de voto, mas Defensor de Moura, Marques Júnior, José Ribeiro, Jorge Fão, Rosana Martins, Glória Araújo e Nuno Araújo anunciaram a apresentação de declarações de voto.
O líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, disse que, para o seu partido, o governo não está a ser ponderado nem sensato.
“Não aceitamos que se incendeie, de uma forma imponderada, injustificada e sobretudo injusta, o país, em nome de uma teimosia e de uma arrogância prepotente. Ou há ponderação, ou há sensatez, ou há justiça, ou então não podem contar com o PSD para esta matéria”, afirmou, considerando que há outras formas para cobrar portagens.
“Não aceitamos que os cidadãos automobilistas sejam obrigados a andar com o Estado no banco de trás dos automóveis”, disse, recusando ainda o que considerou “a injustiça que este Governo quer fazer, de tratar uns de uma maneira e outros de outra”.
Com a revogação do sistema electrónico de identificação de veículos, fica em causa a cobrança de portagens a partir de 1 de Julho nas Scut do Grande Porto, Norte Litoral e Costa da Prata.
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