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Walter Benjamin

Walter Benedix Schönflies Benjamin (Berlim, 15 de Julho de 1892 — Portbou, 27 de Setembro de 1940) foi um filósofo, ensaísta e crítico literário alemão.

Nasceu em Berlim, no seio de uma família judaica. Na adolescência aderiu aos ideais socialistas e colaborou com a revista do Movimento da Juventude Livre Alemã. Estudou Filosofia em Berlim, Munique e Freiburg e doutorou-se em Berna (Suíça) no ano de 1919, com a tese “A Crítica de Arte no Romantismo Alemão”. No entanto, em 1928 a sua tese de livre-docência, intitulada Origem do Drama Barroco Alemão, foi rejeitada pelo Departamento de Estética da Universidade de Frankfurt, situação que o impossibilitou de prosseguir uma carreira académica.

Durante esses últimos anos da década de 20, aproximou-se do marxismo e da filosofia de Georg Lukács, desenvolvendo paralelamente um trabalho como tradutor e crítico literário.

Os anos 1934 e 1935, durante os quais esteve refugiado em Itália, foram marcados por fortes tensões entre o filósofo e a Escola de Frankfurt (Instituto para Pesquisas Sociais), instituição que mais tarde viria a evocar Benjamin como motivo de inspiração. Após este período, voltou a Paris, onde residia desde 1933, tendo abandonado Berlim depois da ascensão de Hitler ao poder.

Um ano depois do início da II Guerra Mundial, em 1940, escreveu “Teses Sobre o Conceito de História”. O medo de ser entregue à Gestapo e as dificuldades em passar a fronteira entre França e Espanha conduziram-no ao suicídio nesse mesmo ano.

Como legado deixou-nos um obra filosófica onde se cruzam os assuntos que tentava compreender e estudar: História, Modernidade, Arte, Tecnologia, literatura dos séculos XIX e XX e a ascensão da cultura de massas, assim como numerosas traduções e análises literárias a Baudelaire, Brecht, Hölderlin, Kafka e Proust.