Doutorando na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e investigador do trabalho através das plataformas digitais. Dirigente do Bloco de Esquerda
Um motorista que dorme na bagageira do carro porque não tem dinheiro para um quarto não é sinal de progresso, é a prova da barbárie. E a economia de plataformas é responsável por terem criado o contexto em que tal se tornou possível.
No fim de semana de debates de 8 a 10 de setembro em Viseu, Moisés Ferreira apresentará o painel "O que é que o capitalismo tem a ver com saúde mental?".
Enquanto prepara o maior encerramento de serviços do SNS desde a troika, o Orçamento não traz propostas para reforço dos cuidados de saúde primários e abandona a estratégia da generalização do médico de família. Quanto ao investimento, é como a Black Friday onde tudo está a metade do dobro do preço, só que no caso do PS está tudo ao dobro da metade que eles fizeram no ano passado. Por Moisés Ferreira.
A despesa do SNS com externalizações e contratualizações tem aumentado ano após ano. E de cada vez que aumenta o SNS fica mais degradado. Na verdade, a receita liberal é que tem sido o problema do SNS. Recorre-se demais (e não de menos) ao setor privado.
Para um problema tão sério como o que o SNS está a viver não se pode pretender responder com tapa-buracos. O SNS e o país merecem mais do que um mero Governo de contingência cujo vazio de ideias é a confissão do seu próprio fracasso.
No Chile, a ‘reforma’ liberal é cara e ineficiente. Custa 7% do salário aos utentes, canaliza 50% dos recursos para 20% da população e os ganhos em saúde são alcançados pela resposta pública e não pela privada. Por Moisés Ferreira, dirigente do Bloco de Esquerda
Adalberto Campos Fernandes criticou a falta de investimento para a generalização das USF e a inexistência de autonomia nas instituições do SNS. Diz o ex-ministro que só não fez o que agora diz que tem de ser feito porque não tinha condições para isso.
1% de aumento para pessoal e mais 3,7% para o SNS quando a inflação será de pelo menos 4%. São os três números da estratégia do Governo PS para a Saúde. Não tem nada a ver com progresso ou desenvolvimento.
Este abandono de um objetivo de sempre é, em si mesmo, um programa de Governo, porque é hoje possível contratar mais profissionais para os cuidados de saúde primários e é hoje possível atribuir mais equipas de saúde familiar a mais utentes.