A cidade é onde há maior concentração de manifestações culturais, de riqueza, onde há maior potencial de desenvolvimento das relações sociais, maior possibilidade de expressão e discussão política, mais inovação. É também onde há maior concentração de poder, formal e potencial pelos recursos e relações existentes.
O governo anunciando que está tudo resolvido prescinde da oportunidade de intervir na reabilitação urbana e na habitação, entregando-as deliberadamente ao mercado.
A esquerda não pode pensar que basta ter bons programas, boas propostas, boas campanhas, bons slogans… é que a esquerda para vingar tem de ser exercida, vivida, no quotidiano, no coletivo.
O MIPIM é a maior feira do imobiliário do mundo. Lisboa afirmou no ano passado como um dos seus grandes objetivos no MIPIM a atração de investimento russo, angolano e chinês, sobretudo com os vistos dourados e os preços de saldo.
Perante a catástrofe que se abate é preciso arregaçar as mangas, desenvolver ideias, encontros, alternativas, ação, analisando quais as prioridades, e parece-me que estas andam em torno da vida concreta das pessoas.
Um ano de lei das rendas que é desanimador: as pessoas ficaram mais pobres e o direito à habitação ainda mais difícil. A única coisa que nos pode dar ânimo é lutar pela revogação da lei que tem condições de acontecer com a queda deste governo.
No período atual de campanha eleitoral muitos são os que têm falado de reabilitação urbana e de habitação. No entanto, é necessário ver qual o projeto (quando existe algum).
É um acontecimento histórico o que se está neste momento a passar no Estado Espanhol, onde um movimento de massas se organiza para defender o direito à habitação e conseguiu demonstrar que quando se luta, com tenacidade e persistência, se conseguem vitórias.