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Voos da CIA: Luís Amado "põe as mãos no fogo"

Voos da CIAO ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, declarou ser sua obrigação "pôr as mãos no fogo" pelos seus antecessores governativos no caso dos voos da CIA. Luís Amado respondia à pergunta formulada pelo deputado Fernando Rosas: "Podem o MNE e o actual Governo do PS pôr as mãos no fogo pelo que, nesta matéria fizeram ou não fizeram os anteriores Governos do PSD/PP que integravam o dr. Paulo Portas?". O deputado do Bloco de Esquerda apresentou ao Ministro dos Negócios Estrangeiros um requerimento com 30 interrogações.

"Enquanto eu não tiver nenhum elemento que me prove que os meus antecessores, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, no Ministério da Defesa, no Governo de Portugal, cumpliciaram com qualquer ilegalidade cometida em território português, a minha obrigação é pôr as mãos no fogo por eles e assim farei" afirmou Luís Amado respondendo ao deputado Fernando Rosas, na audição conjunta das comissões parlamentares de Assuntos Constitucionais e Negócios Estrangeiros da Assembleia da República.

Luís Amado afirmou ainda que não é responsabilidade do governo fiscalizar os anteriores e que se tivesse encontrado alguma ilegalidade tê-la-ia comunicado ao Ministério Público. "Não encontrei nenhum desses elementos e por isso não fiz nenhuma participação, também não andei a abrir baús à procura, não é essa a função de um membro do Governo" acrescentou o MNE.

Luís Amado salientou ainda que "não há nenhuma evidência de qualquer acto de cumplicidade deste ou de anteriores Governos no transporte ilegal de prisioneiros e tortura de prisioneiros".

No requerimento, o deputado Fernando Rosas salienta que o relatório do Parlamento Europeu exortou Portugal a investigar possíveis casos de detidos transportados ilegalmente e saudou a abertura de uma investigação criminal, ao contrário da decisão do governo português que decidiu encerrar as investigações por ausência de indícios.

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