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Sindicato suspende greve na REFER

FerroviaO Sindicato Nacional dos Ferroviários e Afins (SINAFE) anunciou a suspensão da greve parcial dos trabalhadores da Refer, de duas horas por dia, que estava prevista até sexta-feira. O sindicato afirma que, já que a empresa "alterou ligeiramente" a sua posição, "somos a dar o benefício da dúvida".

 

Os trabalhadores reivindicam instalações sociais para os funcionários deslocalizados para Lisboa, de diversos postos locais que foram (ou vão ser) encerrados.

O conflito surgiu depois de a empresa ter construído um novo Centro de Comando Operacional em Braço de Prata (Lisboa) que vai eliminar diversos Postos de Comando Locais. Os trabalhadores dos postos a eliminar foram contactados pela Refer, que lhes propôs a deslocalização para Lisboa, com a promessa de que iriam ter em Braço de Prata infra-estruturas de apoio, que permitissem pernoitar, uma vez que muitos trabalhadores ficariam a mais de 200 quilómetros de casa e muitas vezes à hora a que terminam os turnos já não circulam comboios.

Mas, segundo o sindicato, "a REFER alterou a sua posição e fugiu à construção de instalações sociais como o diabo foge da cruz" e passou apenas a oferecer aos trabalhadores que estão a mais de 200 quilómetros de casa uma "ajuda de custo no valor de 2.500 euros para se instalarem em Lisboa", disse. No entanto, "aos trabalhadores que estão a uma hora e meia de casa (cerca de 130 quilómetros), a empresa não daria absolutamente nada", à semelhança do que acontece com os funcionários que residem na zona administrativa de Lisboa.

Agora, segundo o sindicato, a Refer, "nos casos em que o regresso a casa de trabalhadores se mostre mais difícil, quer por o intervalo de descanso entre períodos normais de trabalho ser inferior a 12 horas, quer por o serviço terminar a horas desprovidas de transporte, aceita viabilizar a possibilidade de pernoita em estabelecimento hoteleiro, pelo período que decorre da total instalação do CCO".

No que concerne às concessões de viagem aos funcionários, "a Refer assume que irá haver requisição de transporte no regime de serviço", estando também "a decorrer negociações com a CP no sentido de ser atribuído a estes trabalhadores um desconto comercial para viagens pessoais".

"Para todos os trabalhadores que optem por não integrar o CCO de Lisboa, a REFER está empenhada em assegurar a manutenção dos postos de trabalho, quer por soluções.

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