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Senado dos EUA chumba apoios à indústria automóvel

A General Motors é uma das três gigantes do sector automóvel cuja administração afirma estar à beira da falênciaDepois de aprovado na Câmara dos Representantes, o plano de ajuda às três maiores empresas de automóveis dos EUA, no valor de 14 mil milhões de dólares, foi chumbado pelo Senado, graças ao voto contra dos Republicanos. Os sindicatos afirmam que estão em risco milhões de postos de trabalho e a Casa Branca já veio considerar a hipótese de soltar as verbas a partir do fundo de ajuda ao sistema financeiro (bailout).  


A General Motors, a Chrysler e a Ford, são as três maiores companhias de automóveis dos EUA e reclamam um empréstimo do Estado para ultrapassarem a crise em que se encontram. No caso da General Motors e da Chrysler pode mesmo estar em causa a falência iminente.

A indústria automóvel americana argumenta que os custos por hora de cada trabalhador são muito superiores ao que é gasto noutras empresas como a Toyota, a Nissan e a Honda. Perante a ameaça de despedimentos em massa (nas três empresas trabalham cerca de 2 milhões e 200 mil trabalhadores) os sindicatos concordaram em prescindir faseadamente de alguns benefícios e aceitaram mesmo reduções salariais, apelando tanto à Câmara de Representantes como ao Senado para que aprovassem o empréstimo de 14 mil milhões de dólares.

Mas se na quarta-feira a Câmara de Representantes deu o seu aval ao plano de ajuda, já na madrugada desta sexta-feira o Senado chumbou o empréstimo. A proposta ficou longe dos dois terços necessários, obtendo 52 votos a favor (40 democratas, 10 republicanos e 2 independentes) e 35 contra (todos repulicanos)

No centro da discórdia esteve o "timing" das cedências acordadas com os sindicatos. Os Republicanos queriam que a perda de benefícios dos trabalhadores fosse mais célere e começasse em força já em 2009, em vez de 2011 como propunham democratas e sindicatos, data em que expira o actual acordo entre sindicatos e administrações.

Tanto Obama como Bush lamentaram o falhanço do plano, tendo a Casa Branca anunciado que vai considerar a possibilidade de utilizar uma parte do fundo de salvamento do sistema financeiro para acudir a indústria automóvel. Este plano englobou uma verba de 700 mil milhões de dólares, com uma primeira  tranche de 350 mil milhões, da qual já só sobram 15 mil milhões.

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