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Seis em cada dez britânicos acham invasão do Iraque um erro

ukiraq1Uma sondagem realizada pela rede de TV pública britânica BBC mostra que seis em cada dez britânicos consideram que a guerra do Iraque foi um erro. Mais de metade dos britânicos (55%) consideram que o seu país está menos seguro hoje que antes da invasão, e apenas 5% dizem sentir-se mais seguros. Ontem, a invasão fez quatro anos, e as estatísticas mostram o ponto a que chega o desastre iraquiano.

Mais de mil pessoas participaram da sondagem. Mais de metade dos entrevistados afirmam que desconfiariam do governo se este afirmasse que era necessária uma acção militar no exterior porque um país representava uma ameaça à segurança nacional. A maioria concordaria, porém com uma missão no exterior se fosse destinada a ajuda diante de catástrofes naturais ou para impedir um genocídio.

Nick Sparrow, do Instituto ICM, responsável pela sondagem, disse que "Quatro anos depois de iniciada a guerra, a maioria das pessoas na Grã-Bretanha chegaramm à conclusão de que os EUA e a Grã-Bretanha estavam errados quando decidiram desencadear a acção militar contra o Iraque em 2003". As entrevistas foram feitas entre 2 e 4 de Março deste ano.

Quatro anos depois do começo da invasão, o Iraque está mergulhado no caos. Algumas estatísticas são suficientes para ilustrar o desastre iraquiano.  A Organização das Nações Unidas estima em 1,5 milhão o número de iraquianos que deixaram o país desde março de 2003, a maioria para os vizinhos Jordânia (700 mil) e Síria (600 mil); internamente, outro 1,6 milhão teve de se deslocar por conta do conflito ou da guerra civil que se seguiu.

Os EUA já perderam 3.217 soldados, mais do que os mortos no 11 de Setembro. Embora o Pentágono coloque o total de militares acidentados abaixo dos 30 mil, associações de veteranos dizem que o número mais realista é dez vezes maior. Os civis mortos são entre 59 mil e 65 mil, segundo a ONG londrina Iraq Body Count. Ou 600 mil, de acordo com estudo do periódico médico Lancet, feito a partir de levantamento conduzido com a ajuda da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.

Numa população de 26 milhões de pessoas, 12% tiveram de deixar as casas devido à guerra. Outros 2,3% podem ter sido mortos.

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