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Salário mínimo sobe para 426 euros

dinheiroO salário mínimo nacional passou para 426 euros, uma subida de 5,7% face ao valor actual (403 euros). A decisão foi tomada na reunião de concertação social e aprovada por todos os parceiros sociais. O primeiro-ministro, José Sócrates, disse-se "muito orgulhoso com o maior aumento da década". Mas o salário mínimo português "continua a ser um dos mais baixos da União Europeia", lembrou a deputada Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda, que disse que 426 euros "é insuficiente para viver com dignidade".

 

Em Dezembro de 2006, governo, entidades patronais e sindicais acordaram a subida do salário mínimo para 500 euros até 2011. O entendimento pressupõe que se atinja em 2009 uma meta intercalar de 450 euros, e as centrais sindicais defendiam um aumento, em 2008, para 426,5 euros.

Os patrões, por seu lado, vinham manifestando reticências quanto a esse aumento. O presidente da CIP, Francisco Van Zeller, argumentou que não haviam sido alcançados os pressupostos do acordo de 2006, nomeadamente no que diz respeito à melhoria dos apoios à formação profissional, à modernização tecnológica e ao pagamento das dívidas do Estado. Cedendo a estas reivindicações patronais, o governo incluiu no acordo ontem celebrado que projectos empresariais em regiões com maior expressão de baixas remunerações sejam privilegiados no acesso ao novo quadro comunitário de apoio (QREN) e nas candidaturas ao Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização.

O CDS-PP, pela voz de Pedro Mota Soares, defendeu que o montante fixado reflecte o "esforço e mérito" dos "empregadores, pois são eles que o vão pagar", segundo a agência Lusa.

Já o PCP considerou que o montante "ficou aquém das necessidades de milhares de trabalhadores", embora seja um "sinal de exigência da elevação dos salários".

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