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Respostas à crise dominam debate parlamentar com Sócrates
O primeiro-ministro foi ao parlamento anunciar um pacote de medidas económicas para enfrentar a crise e um aumento de mil milhões de euros no capital da Caixa Geral de Depósitos. A oposição diz que este pacote não é suficiente e voltou a questionar o destino dos apoios dados à banca.
José Sócrates anunciou a intenção do governo de "colocar 30 mil desempregados em instituições de solidariedade social, na economia social" e "reduzir três pontos percentuais a contribuição para a Segurança Social dos trabalhadores até 45 anos". As medidas do governo correspondem a um aumento da despesa pública de 0,8%, ou seja, cerca de 1300 milhões de euros.
Sócrates explicou ainda que os mil milhões de euros destinados ao aumento de capital da Caixa Geral de Depósitos permitirão à CGD "emprestar dinheiro à economia" nacional, garantindo a liquidez financeira às empresas.
Mas a oposição questionou o governo sobre a eficácia dos apoios do Estado aos banqueiros. “O sistema financeiro está-se a endividar e coloca esse dinheiro em operações especulativas”, afirmou Francisco Louçã, antes de mostrar uma carta enviada por um banco que convida os clientes a endividarem-se a uma taxa de juro de 28%.
A evolução das desigualdades sociais marcou também o debate entre Sócrates e Louçã, com o primeiro-ministro a apresentar números do INE de 2006 para convencer o país que estão a diminuir, e o bloquista a apoiar-se na imprensa deste mês para provar o aumento da disparidade de rendimentos entre ricos e pobres.
Veja aqui os vídeos do debate Sócrates/Louçã:
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