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Repudiada agressão a Vital Moreira

Vital MoreiraO eurodeputado do Bloco de Esquerda, Miguel Portas, "repudiou inteiramente" os insultos e agressões (com água) sofridas por Vital Moreira quando se dirigia aos líderes da manifestação de 1º de Maio da CGTP para cumprimentá-los, na praça do Martim Moniz em Lisboa. Carvalho da Silva lamentou o incidente, mas advertiu que os políticos "devem respeitar o sofrimento dos trabalhadores".

Miguel Portas desvalorizou as agressões, considerando-as acto isolado, mas repudiou inteiramente "qualquer acto de violência física e, pior ainda, no dia 1º de Maio que é o dia da fraternidade dos trabalhadores."

As câmaras de televisão mostram que o cabeça de lista do PS às eleições europeias a ser sucessivamente insultado por manifestantes exaltados, e algumas garrafas de água a voarem na sua direcção, sem o atingirem.

Vital Moreira responsabilizou indirectamente o PCP - partido que abandonou há cerca de 20 anos - pelo incidente, afirmando que este foi um acto de "animosidade contra um antigo militante do PCP que não enjeita o seu percurso político, mas também não renuncia às circunstâncias" que levaram ao seu abandono do partido.

Jerónimo de Sousa preferiu não comentar o incidente, alegando não o ter visto.

Para Carvalho da Silva, os políticos em campanha eleitoral devem respeitar o sofrimento dos trabalhadores. "Estamos às portas de campanhas eleitorais e hoje estão aqui muitos trabalhadores em sofrimento. É preciso que a campanha eleitoral respeite o sofrimento das pessoas e os políticos devem interpretar as causas que levaram a esta situação de hoje", disse. Algumas horas depois a CGTP apresentou um pedido de desculpas a Vital Moreira, sublinhando no entanto que a Central Sindical não pode assumir toda a responsabilidade de actos isolados.

As agressões foram repudiadas pelos cabeças de lista do CDS e do PSD.

Vitalino Canas, pelo PS, manifestou-se indignado por não ter recebido um pedido formal de desculpas do PCP e da CGTP e acusou estas organizações de terem gerado nos últimos anos "ódio" contra os socialistas. Mas, depois de receber as desculpas da CGTP. o PS manifestou-se satisfeito e elogiou a atitude da Central Sindical.

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