You are here

"Reestruturação da EPUL foi oportunidade perdida", diz Concelhia de Lisboa do BE

Prédios em Lisboa, foto do flickrA Concelhia de Lisboa do Bloco de Esquerda considera que a reestruturação da EPUL, aprovada esta quarta-feira por maioria na Câmara Municipal de Lisboa, fica aquém dos compromissos assumidos no acordo entre o Bloco e o PS. Em comunicado, o Bloco lamenta que a fusão da Gebalis na EPUL, no sentido de racionalizar e integrar a intervenção da CML na área da habitação, não tenha sido proposta, nem sequer anunciada.  

Esta quarta-feira a Câmara Municipal de Lisboa aprovou por maioria uma proposta, apresentada por dois vereadores do PS, de alteração dos estatutos da EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa), e que mereceu o voto favorável do vereador José Sá Fernandes. Na mesma reunião foi aprovada a extinção da Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa mas nada foi aprovado em relação à Gebalis (Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa).

Há muito que o Bloco de Esquerda e a candidatura "Lisboa é Gente" têm defendido a fusão da Gebalis com a EPUL, para recentrar a intervenção urbana na reabilitação e dinamização de um mercado habitacional para atracção de novas famílias à capital e como "forma de garantir uma gestão mais racional, transparente e económica dos interesses municipais". Para a Concelhia de Lisboa do Bloco de Esquerda "a oportunidade de proceder à fusão da GEBALIS com a EPUL, uma das 20 medidas prioritárias do programa "Lisboa é Gente" encabeçado por José Sá Fernandes, acabou de ser perdida na reunião de ontem da CML".

O Bloco lembra também que nos termos do acordo estabelecido com o PS em Lisboa, "seria garantido, até ao final de 2007, a completa reorganização do sector empresarial do município e do conjunto das suas participações sociais, tendo em vista, nomeadamente, a reavaliação das SRU, da GEBALIS e da EMEL, procedendo às adequadas operações de integração, fusão ou extinção". Contudo, "para além de mais de meio ano de atraso na reestruturação do sector empresarial do município, o facto é que não há qualquer proposta de "integração, fusão ou extinção" para a GEBALIS", refere o comunicado.

Para o vereador José Sá Fernandes era inviável implementar neste momento a fusão da Gebalis com a EPUL, dado que a Gebalis "encontra-se em situação financeira muito difícil" e que ainda decorrem "várias investigações, que estão hoje em segredo de justiça", remetendo para mais tarde uma eventual fusão.

No entanto, a Concelhia de Lisboa do BE considera que "a situação económica difícil e sujeita a investigações da Gebalis" também se aplica à EPUL, "o que não obstou a que se tivesse avançado para a sua reestruturação". E sublinha que torna-se agora muito complicado colocar a possiblidade de fundir a Gebalis com a EPUL, pois "aprovar agora uma coisa para a mudar passados meses, seria anti-económico e irresponsável."

Termos relacionados Política