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Quercus acusa Estado português de negligenciar golfinhos do Sado

//www.quercus.pt/No Dia Nacional da Conservação da Natureza (28 de Julho) e no Ano do Golfinho, as associações Quercus e Projecto Delfim alertaram para o perigo de extinção dos golfinhos-roazes do Sado. A Quercus anunciou também neste Sábado que vai apresentar uma queixa à Comissão Europeia contra o Estado português, por considerar que o Governo não está a adoptar as medidas necessárias para salvar da extinção os golfinhos do Sado.
Para o presidente da Quercus, Helder Spínola, a situação dos golfinhos do Sado "mostra até que ponto chegou a conservação da natureza no nosso país". Segundo Spínola, "Os organismos estatais não têm condições financeiras nem humanas para fazer um trabalho adequado nesta área e preservar os recursos naturais relevantes para a economia do nosso pais".

O presidente da Quercus, Helder Spínola, anunciou neste Sábado que: "A Quercus vai apresentar uma queixa por não estarem a ser tomadas medidas de recuperação da população de golfinhos-roazes do Sado, que tem vindo a declinar. Não é possível aceitar que perante uma população tão importante se deixe continuar esta evolução negativa e não se faça nada para evitar os problemas ambientais que põem em causa este ecossistema".

A população de golfinhos, actualmente constituída por 27 indivíduos, teve uma redução de 50 por cento em menos de 30 anos.

A investigação realizada, pelo Projecto Delfim, em parceria com o Instituto Superior de Psicologia Aplicada, aponta para uma baixa taxa de sobrevivência dos juvenis, indicando que a população se encontra em perigo de extinção a médio prazo.

Segundo refere o comunicado das duas associações ambientais, Quercus e Projecto Delfim: "Pensa-se que o declínio da população resulta deste anormal aumento da mortalidade das crias, que poderá dever-se à toxicidade do leite materno causada pelos contaminantes presentes no ambiente, que por sua vez reduzem a resistência imunitária das crias, processo agora provavelmente agravado pela baixa variabilidade genética existente na população."

O comunicado conclui apontando que quatro crias nascidas nos últimos dois anos, "ainda permitem alguma esperança, que no entanto só fará sentido se as autoridades assumirem uma postura de empenho na reabilitação do estuário e na protecção especial desta população, o que não se tem verificado".

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