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Qimonda Portugal: 1150 empregos já em risco

Qimonda, fábrica em Vila do Conde - Foto da Lusa
Os delegados sindicais da Qimonda vão hoje reunir com o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Norte para discutirem as consequências imediatas do pedido de falência da casa-mãe alemã na fábrica de Vila do Conde. O delegado sindical Bruno Fonseca, em declarações ao DN, considera que de imediato estão em risco 1.150 postos de trabalho, dos 1.700 que a empresa actualmente possui em Portugal. A deputada do Bloco Alda Macedo visitou a Quiminda esta segunda-feira.

Segundo o Diário de Notícias desta Segunda feira, os delegados sindicais da Qimonda estão preocupados com as dificuldades que a empresa está a atravessar e que, segundo Bruno Fonseca, "ninguém esperava".

Os sindicalistas da Qimonda temem que a administração da empresa decida avançar a curto prazo para despedimentos. Segundo Bruno Fonseca, os 300 trabalhadores temporários estão já em risco de serem despedidos - ainda há pouco tempo a empresa ocupava 600 trabalhadores temporários. Em Dezembro foram dispensados 300 trabalhadores temporários.

Mas para além dos trabalhadores temporários o delegado sindical considera que também estão em risco a curto prazo os cerca de 850 trabalhadores que têm contratos a prazo. Os sindicalistas salientam que os planos de produção foram reduzidos e que está a faltar matéria prima, que deveria vir das fábricas da Qimonda na Malásia e nos EUA.

Segundo o Jornal de Negócios desta Segunda feira, a Qimonda foi sempre apoiada pelo Estado português ao longo dos anos, tendo recebido diversos incentivos financeiros num montante global que já ascende a 400 milhões de euros.

Alda Macedo esteve na Quimonda , para se solidarizar com os trabalhadores e apresentar as propostas do BE para garantir a viabilidade e o futuro da empresa e dos postos de trabalho.

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