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PS chumba fim das taxas moderadoras

Taxas moderadoras não vão acabar para já. O PS votou contra, mas diz que é a favor... em 2010.Toda a bancada do PS compareceu à hora da votação em São Bento, e o projecto de lei do Bloco para acabar com as taxas moderadoras foi chumbado por 116 votos contra 112, apesar do apoio de cinco deputados socialistas. Mais uma vez, o PS chumba uma proposta que diz que quer aplicar em 2010, como ficou claro no debate do seu grupo parlamentar na véspera desta votação. Veja aqui o vídeo esquerda.net à porta dos hospitais

 


Manuel Alegre, Teresa Portugal, Matilde Sousa Franco, Eugénia Alho e Júlia Caré votaram em sentido contrário ao da sua bancada e apoiaram a proposta bloquista que suspender a aplicação das taxas moderadoras nos internamentos e cirurgias.

Mas o apoio dos cinco deputados do PS não foi suficiente para derrotar a maioria, e ao contrário da bancada que apoia o governo e que compareceu em peso, faltaram alguns deputados da oposição.

Os outros projectos de lei votados sobre a mesma matéria, da autoria do CDS, PSD e PCP, não tiveram a mesma aceitação daqueles deputados nem a unanimidade da oposição.

Segundo explicou o deputado José Junqueiro aos seus companheiros de bancada, há um compromisso entre o PS e o governo para rever o regime de taxas moderadoras em 2010. Mas os cinco deputados que votaram ao lado do Bloco não aceitam essa explicação. "As coisas devem ser votadas no momento em que aparecem", disse Manuel Alegre.

"Votei como um acto de homenagem ao SNS e aos seus fundadores: o meu querido amigo e camarada [ex-ministro dos Assuntos Sociais] António Arnaut e o saudoso professor Mário Mendes", acrescentou Alegre. "O diploma do Bloco de Esquerda, sendo a favor da suspensão das taxas moderadoras no internamento e na cirurgia, corresponde ao que penso", explicando a sua abstenção nas restantes propostas sujeitas a votação: "O PCP propunha a abolição de taxas moderadoras e o PSD foi o primeiro a propor taxas moderadoras para internamento e cirurgia",

"O PS nunca deveria ter criado taxas moderadoras para cirurgias e internamentos. O PS tem que fazer alterações no seu programa. Caso contrário, estará a subverter o princípio básico do SNS, que é uma das bandeiras históricas do PS", advertiu ainda o histórico deputado socialista.

Teresa Portugal justificou o seu voto «em nome do Serviço Nacional de Saúde, para honrar o dr. António Arnaut» e para «não ir contra a sua consciência». «As taxas nem são moderadoras nem vão financiar muito a saúde», justificou Matilde Sousa Franco.

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