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Professores elogiam fim da maioria absoluta

Os professores criticaram a arrogância da maioria absoluta nestes quatro anosOs sindicatos de professores esperam o apoio dos partidos da oposição, em maioria no Parlamento, para pôr fim a medidas polémicas do governo cessante na área da Educação, como a do contestado modelo de avaliação. Para a Fenprof, "um dos problemas dos últimos quatro anos e meio é que a maioria absoluta não soube negociar”, nem “funcionar com as regras da democracia”. 

"O nosso desejo era que, ganhasse quem ganhasse, não ganhasse com maioria absoluta", disse à Lusa o dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, considerando que "um dos problemas dos últimos quatro anos e meio é que a maioria absoluta não soube negociar”, nem “funcionar com as regras da democracia”.

Mário Nogueira salientou que na última legislatura houve propostas que uniram toda a oposição na Assembleia da República - como a de "contestação ao modelo de avaliação e o fim da divisão da carreira dos professores em duas" - mas que não foram para a frente devido "ao veto sistemático da maioria do governo".

Este sindicalista considera que "estão agora criadas melhores condições, porque tudo leva a crer que os partidos irão manter as suas posições em relação àquilo que defenderam e, se assim for, há medidas que foram tomadas e que têm os seus dias contados".

"Não estamos à espera que a resolução caia do céu: teremos de continuar a fazer-nos sentir e a marcar presença, mas as condições hoje são diferentes, não pela maioria relativa, mas pela maioria absoluta da oposição", afirmou Mário Nogueira, frisando que espera que o novo governo "saiba ouvir e saiba voltar a ganhar os professores".

Também João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), afirmou que recorrerá aos partidos da oposição para corrigir o que considera estar mal na Educação.

"O Parlamento ganhou maior intervenção e na próxima legislatura não deixaremos de, junto dos partidos políticos na AR, relembrar posições tomadas no passado, no sentido de corrigir orientações do governo anterior, decididas sozinhas e com a contestação generalizada de todos os partidos", disse.

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