Professores de todo o país protestam contra o desemprego

Durante o dia de ontem, professores de todo o país concentraram-se em diferentes localidades para protestar contra o desemprego. O último concurso para professores contratados deixou de fora cerca de 20 mil docentes que estiveram a dar aulas no ano passado, sendo obrigados a deslocarem-se hoje em massa aos centros de emprego. De acordo com a Fenprof, nos últimos dois anos lectivos deixaram o sistema educativo 10.725 professores que não foram substituídos, estimando que a rede do Ministério da Educação pode perder até 12 mil professores em 2007/08.  No concurso nacional para preenchimento de necessidades residuais, cujos resultados foram divulgados sexta-feira à noite, apenas 3.252 candidatos à contratação dos 47.977 que concorreram obtiveram um horário completo para o próximo ano lectivo. Segundo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), citada pelo Diário de Notícias, entre os participantes estavam mais de 20 mil que, em 2006/07, tinham contrato.

Para responder ao "flagelo do desemprego docente" que ameaça afectar mais 12 mil professores já no próximo ano lectivo, a Fenprof organiza uma acção de protesto hoje, por todo o país, no "dia em que milhares de professores se inscrevem para o subsídio de desemprego".

A iniciativa contou com testemunhos de professores desempregados e a distribuição de comunicados à população contra as "políticas anti-sociais que mantêm milhares de professores no desemprego". A Fenprof considera esta situação inaceitável até porque "o país continua a apresentar altas e preocupantes taxas de analfabetismo, de insucesso escolar e de abandono precoce da Escola" ao mesmo tempo que "dezenas de milhares de crianças com necessidades educativas especiais integram turmas superlotadas e sem qualquer tipo de apoio"

O protesto contra o desemprego de professores e educadores realizou-se em Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Faro, Viseu, Aveiro, Castelo Branco, Guarda, Leiria, Santarém, Portalegre e Beja, junto aos respectivos Centros de Emprego.

Veja as localizações e horas de concentração dos protestos no site da Fenprof

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