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Professores das AEC's reclamam no Porto

Professores lançados para a precariedade assinam livro de reclamações da Câmara do PortoAlguns dos 129 professores que trabalham a falso recibo verde para um intermediário da Câmara foram assinar o livro de reclamações do município.

 

Esta acção simbólica surgiu após uma reunião na sede do Sindicato de Professores do Norte, onde os professores discutiram algumas formas de luta para denunciar a situação de extrema precariedade a que estão sujeitos, com o conhecimento quer da autarquia quer do ministério da Educação e da Autoridade para as Condições de Trabalho.

Os professores ministram as Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) de música e inglês e cumprem todos os requisitos legais para preencher um posto de trabalho com direito a contrato. Mas  a Câmara Municipal entregou essa tarefa à empresa Edutec, com o critério de selecção do baixo custo a prevalecer. A Edutec seleccionou os professores nas instalações de uma oficina de automóveis em Matosinhos, sem ter em conta as habilitações, a experiência ou o tempo de serviço de cada um. Em seguida, começaram a dar as aulas às crianças do concelho sem sequer terem assinado um contrato, o que só veio a acontecer no fim de Outubro. Em meados de Dezembro ainda esperam que lhes seja pago o salário do mês anterior.

Em resposta a uma pergunta do Bloco de Esquerda, a 20 de Novembro, o gabinete da ministra Isabel Alçada disse ter conhecimento da situação e que a Direcção Regional de Educação do Norte já tinha estabelecido contactos com a autarquia. Mas seis dias depois, em reunião com o advogado destes professores, o executivo de Rui Rio continuava a negar ter conhecimento da sua situação.

Tanto o Sindicato dos Professores do Norte como os movimentos antiprecariedade, como o Ferve e os Precários Inflexíveis já condenaram esta situação, e referem que a Autoridade para as Condições de Trabalho fez uma inspecção à Edutec no passado dia 4.
 


Reportagem esquerda.net com os professores das AEC's do Porto.

 


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