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Presidenciais em França

PCF REBENTA COM CANDIDATURA UNITÁRIA ANTI-NEOLIBERAL Marie_buffet
Uma boa parte dos 700 colectivos anti-neoliberais que preparavam uma candidatura “unitária” acolheu com indignação a confirmação, em referendo de militantes comunistas, da candidatura às presidenciais da secretária nacional do Partido Comunista Francês (PCF), Marie-Georges Buffet.
Depois de um ano de mobilizações, os militantes de todas as tendências da esquerda radical não conseguiram entender-se em relação a um candidato comum.  
Escutar entrevista do Filósofo Michel Onfray, ao Le Monde.   Há menos de um mês, o dirigente camponês José Bové saía do processo, acusando o PCF de estar a forçar os colectivos de esquerda a adoptar como candidato unitário a líder do partido. Clémentine Autain, eleita na Câmara de Paris pelos comunistas, e Yves Sallesse, presidente da Fundação Copérnico, ambos candidatos a uma candidatura presidencial pelos colectivos (como Bové), denunciaram a decisão do PCF, afirmando que esta candidatura não faz mais do que “somar divisão à divisão”. Por sua vez, o dirigente e candidato da LCR, Olivier Besancenot afirmou que este desfecho do processo “era previsível” e acusou o PCF de um dia “pretender governar com o PS”. A esquerda anti-neoliberal depois de no passado recente ter obtido grandes vitórias sociais: o “não” à Constituição Europeia e a vitória contra o CPE (Contrato de emprego para jovens), tropeçou, mais uma vez, na incapacidade de se unir. Nas sondagens os resultados são desastrosos para todas as candidaturas separadas dessa área: Buffet (PCF) está cotada em 3%, Arlette Laguiller (Lute Ouvriere) 3% e Olivier Besancenot (LCR) com 4%. Estes acontecimentos levaram à demissão dos membros da corrente “refundadora” dos comunistas franceses que saíram da executiva do PCF e que defendiam um candidato unitário de toda a esquerda anti-neoliberal.

 

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