Portugal encerra embaixada em Bagdade

08 de March 2007 - 9:32
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A insegurança em Bagdade é uma das razões da saída portuguesaO Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou ontem que a embaixada portuguesa no Iraque foi "desactivada", por motivos financeiros e de segurança. No entanto, fonte do MNE disse ao jornal Público que esta medida não significa um encerramento permanente, justificando-a com a política de contenção orçamental do governo e com a reestruturação em curso na diplomacia portuguesa.

O ministro Luís Amado comunicou a decisão ao seu homólogo iraquiano no princípio de Março, explicando os motivos da saída de Bagdade. A partir de agora, o representante diplomático para o Iraque e para os países do Golfo ocupará o cargo de embaixador residente em Lisboa.

Segundo a RTP avançava ontem, o embaixador Francisco Falcão Machado já regressou a Portugal, mantendo-se nas instalações da embaixada alguns elementos da PSP que garantiram a segurança do local desde a sua reabertura em Maio de 2003. O MNE acrescenta em comunicado que "Portugal conservará instalações de apoio administrativo na capital iraquiana".

No mesmo dia em que Portugal anunciava a retirada diplomática, os atentados prosseguiram. Ao início da tarde de ontem um bombista suicida fez-se explodir num café de Baladruz, a 100 kms de Bagdade, provocando pelo menos 30 mortos e idêntico número de feridos. Já na véspera outro atentado visando peregrinos xiitas em Hilla causou 117 mortos. Do lado das forças ocupantes, o dia de ontem saldou-se em 3 mortes no contingente norte-americano, tendo o Pentágono anunciado que a contagem dos mortos desde a invasão já vai em 3191 soldados dos EUA.