You are here

A política de saúde do governo é "estapafúrdia", diz Alegre

Críticas de Manuel Alegre"Erro colossal" e "estapafúrdia". É assim que o deputado socialista Manuel Alegre classifica as políticas do governo na área da saúde. Alegre é um dos subscritores da petição em defesa do SNS que é lançada amanhã e em entrevista à Antena 1 diz que esta política de retirar serviços públicos no interior "deixa as pessoas abandonadas e desprotegidas".
Alegre diz "não compreender esta política, não só das taxas moderadoras para tratamentos e cirurgias (uma dupla tributação), como a extinção de urgências e de Serviços de Atendimento Permanente e o encerramento de maternidades em zonas do interior, seja qual for a fundamentação técnica". E prosseguiu nas críticas, apontando estas decisões como "um erro colossal, porque as pessoas se sentem desprotegidas e abandonadas pelo Estado, sobretudo em regiões do país onde não há mais nada", declarou.

"A esquerda moderna deve reforçar o Estado social e não desmantelar o Estado social", afirmou Alegre, sublinhando que, no poder, esta deveria garantir o reforço e viabilidade do SNS.

O ex-candidato presidencial esteve ausente do parlamento esta semana por motivos de saúde, mas reafirma que teria votado contra a moção de censura, apesar de ser a favor do referendo e de realçar a questão do "respeito pela palavra dada". Para Alegre, se houvesse referendo isso teria sido "uma lição para os dirigentes europeus que tem medo de consultar os seus povos".

Perguntado sobre se se sentia representado pela política do actual governo, o deputado socialista respondeu: "Acho que não. Representa numas coisas e noutras não representa", dando o exemplo da "destruição do Serviço Nacional de Saúde" como um dos casos em que o governo não o representa. Apesar de reconhecer que o "Governo tem legitimidade democrática, porque ganhou com maioria absoluta", lembrou que "os portugueses não se dão bem com as maiorias absolutas, sobretudo aqueles que governam e perdem um bocado a cabeça com as maiorias absolutas".

Termos relacionados Política