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Patrões não querem aumentos salariais em 2010

Patrões pressionam governo a não aumentar os salários. Foto Victoriapeckham/Flickr O governo ainda não foi escolhido, mas o patronato já veio a público dar a Sócrates a sua receita para a economia: não aumentar salários no próximo ano. Depois de Van Zeller, agora foi a vez dos patrões do turismo, da agricultura e do comércio alinharem pelo mesmo discurso. Os sindicatos respondem que não aumentar salários seria "absurdo".

 

"Não há margem para aumentos salariais", diz o representante dos patrões do turismo ao Diário Económico. Por seu lado, o representante da Confederação do Comércio veio dizer que "este ano, terá de haver maior moderação salarial e a questão terá de ser vista de forma sectorial, mais do que genericamente". E por último, João Machado, da Confederação dos Agricultores, avisa também que em 2010 "as negociações não podem ser feitas como num ano normal".

Antes disso, já o presidente da CIP tinha defendido que "dada a situação financeira do país, é muito natural que a resposta seja um contenção severa dos aumentos". "Um salto grande ou pequeno no aumento dos salários iria fragilizar as empresas" que dependem dos salários baixos, afirmou Francisco Van Zeller.

A pressão do patronato joga-se em grande medida na sua intenção de não respeitar o acordo para o aumento do salário mínimo para 475 euros no próximo ano. Mas os sindicatos não estão pelos ajustes com João Proença, secretário-geral da UGT, a dizer que "não aumentar salários seria absurdo" e Arménio Carlos, da CGTP, a confirmar que os aumentos dos salários reais são "possíveis, desejáveis e necessários".

 

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