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Parlamento discute direito à reforma completa ao fim de 40 anos de descontos

Trabalhadores da indústria naval são dos mais prejudicados pelo actual regime. Foto Salvador moreiraA proposta do Bloco de Esquerda para estabelecer a pensão de reforma por inteiro ao fim de 40 anos de contribuições é discutida na sexta-feira. Na véspera, Francisco Louçã e Mariana Aiveca estiveram com trabalhadores do Arsenal do Alfeite prejudicados pela actual situação.

 

"É de toda a justiça que a sociedade proporcione uma melhor qualidade de vida, através da atribuição de uma pensão completa, a quem dedicou uma vida inteira ao trabalho, fez os seus descontos e possui uma carreira contributiva completa, com 40 anos de descontos", afirma o Bloco de Esquerda no seu projecto de lei .

E foi isso que Francisco Louçã e Mariana Aiveca explicaram a alguns trabalhadores do Arsenal do Alfeite, que se queixam de nalguns casos terem de trabalhar mais de 50 anos para ter a sua reforma por inteiro. São trabalhadores que começaram a trabalhar antes dos 16 anos, quando a expectativa da reforma era aos 36 anos de trabalho, independentemente da idade. Mas com a lei de bases de segurança social aprovada em 2007 pelo governo Sócrates, muitos destes trabalhadores terão agora de trabalhar mais dez anos, até aos 67 anos para terem o direito á reforma sem penalizações.

"É de toda a justiça que a sociedade proporcione uma melhor qualidade de vida, através da atribuição de uma pensão completa, a quem dedicou uma vida inteira ao trabalho, fez os seus descontos e possui uma carreira contributiva completa, com 40 anos de descontos", diz o projecto de lei bloquista.

"Quem já foi penalizado por ter começado a trabalhar tão cedo, é de novo penalizado", afirmou Francisco Louçã, lembrando que a possibilidade de antecipação da reforma pode implicar penalizações "grandes, tratando-se de pensões baixas". O PS deverá chumbar esta proposta no plenário, tal como o fez quando o Bloco apresentou uma iniciativa semelhante em Junho passado. Na altura, PS e PSD votaram contra, inviabilizando a reforma por inteiro para quem já descontou sobre 40 anos de trabalho.

 
 

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