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Orçamento aprovado só com os votos do PS

Luís FazendaA proposta de orçamento de Estado para 2008 foi aprovada com os votos a favor do PS e os votos contra de todos os partidos da oposição. Luís Fazenda sublinhou que se trata de um Orçamento "marcado pela mentira das promessas não cumpridas" e que vai tornar "a vida dos portugueses cada vez mais difícil e precária". O líder parlamentar do BE referiu-se ainda ao "mistério das Estradas de Portugal", já que "há 600 milhões de euros de um imposto, a Contribuição do Serviço Rodoviário, que não fazem parte do Orçamento"

 

"O nosso sentido de voto não pode ser outro que não a rejeição deste Orçamento", esclareceu Luís Fazenda.

Sublinhando que se trata de um Orçamento «marcado pela mentira das promessas não cumpridas» e pelos «pequenos bónus» atribuídos para «disfarçar a retirada dos direitos sociais», Luís Fazenda recuperou as críticas «à obsessão com o défice».

«É a ameaça que justifica todos os ataques aos direitos dos trabalhadores, à carteira dos contribuintes, às expectativas dos portugueses», referiu, lamentando que o Governo seja o único a não ver que são os resultados do rigor das contas públicas que vão «arrefecendo a economia, criando desemprego e tornando a vida dos portugueses cada vez mais difícil e precária».

Sobre "o mistério das Estradas de Portugal", Luís Fazenda foi peremptório:

"O primeiro-ministro e o ministro das Finanças vieram sucessivamente responder sobre esta questão, para deixarem absolutamente claro o incómodo do Governo sobre o facto mais marcante desta proposta de lei: há 600 milhões de euros de um imposto, a Contribuição do Serviço Rodoviário, que não fazem parte do Orçamento. Estes 600 milhões de euros desapareceram do OE, onde tinham que estar como receita e onde tinham que estar como despesa para pagar à Estradas de Portugal".

E concluiu:

"Hoje, o Parlamento aceitará o truque deste Governo: faz desaparecer 600 milhões de um imposto que cobra mas não contabiliza, em nome de um negócio que o Governo não quer esclarecer e que pode durar todo o século XXI"

Esquerda.net com Lusa

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