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ONU pede cessar-fogo com retirada israelita e recebe bombas em resposta
A Assembleia Geral da ONU aprovou na madrugada de sábado uma resolução apelando ao cessar fogo imediato e à retirada das tropas israelitas de Gaza, bem como o levantamento do bloqueio à entrada de ajuda humanitária no território. Em resposta, Israel voltou a bombardear uma escola dirigida pela ONU, onde se encontravam 1600 refugiados, tendo morrido pelo menos uma mulher e duas crianças.
Reagindo à provável declaração de cessar-fogo unilateral do lado israelita, o Hamas promete continuar a resistência até à retirada dos militares ocupantes.
Um porta-voz da ONU apelou a uma investigação sobre o "crime de guerra" que este ataque representa, uma vez que os militares israelitas tinham as coordenadas do edifício e o coonhecimento de que este era um ponto de refúgio para os desalojados palestinianos.
A resolução aprovada horas antes em Nova Iorque contou com a oposição de Israel e dos Estados Unidos e da ilha Nauru, a menor república do mundo situada no Pacífico. 142 países votaram a favor e 9 abstiveram-se nesta resolução que não tem efeitos vinculativos e que surge na linha do texto aprovado pelo Conselho de ONU na semana passada.
Entretanto, o primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan defendeu que Israel devia ser impedido de entrar nas instalações das Nações Unidas enquanto persistir em desrespeitar as resoluções da ONU e a atacar civis sob o pretexto de querer aniquilar o movimento Hamas.
Em Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou que o país não permitirá o sobrevoo ou aterragens em território nacional de aeronaves que transportem material militar para Israel enquanto ao ataque a Gaza se mantiver. A notícia citada pela Lusa surge precisamente no dia em que o governo israelita se prepara para anunciar um cessar-fogo unilateral.
A proposta em cima da mesa prevê que o exército continue em Gaza e que Israel imponha as suas condições de paz, em alternativa a prosseguir negociações com o Hamas, por interposta diplomacia egípcia. Do lado do Hamas já veio a resposta, prometendo a continuação do confronto enquanto os militares israelitas continuarem a ocupação de Gaza.
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