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ONU aprova novas sanções ao Irão

mottakiO Conselho de Segurança da ONU aprovou sábado novas sanções económica e comerciais ao Irão, numa resolução adoptada por unanimidade dos seus 15 membros. A resolução foi redigida pela França, Grã-Bretanha e Alemanha e amplia as sanções aprovadas pela resolução anterior, de 23 de Dezembro. O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Manouchehr Mottaki, disse que a votação foi manipulada por alguns membros do Conselho para assumir Uma "acção injustificável" contra um programa nuclear pacífico.

"Posso assegurar que as pressões e intimidações não vão mudar a política do Irão", disse Manouchehr Mottaki, afirmando que a suspensão do programa "não é nem uma opção nem uma solução".

A resolução decide um embargo sobre as compras de armas ao Irão, restrições voluntárias de venda de armas a este país, restrições financeiras e comerciais e embargo a viagens ao exterior de personalidades ligadas ao programa nuclear iraniano. E vai além do programa nuclear, congelando as contas bancárias no estrangeiro de 28 indivíduos e entidades, incluindo o Banco Sepah e os comandantes da Guarda Revolucionária.

A resolução prevê ainda a elaboração de um novo relatório em 60 dias pelo director da Agência Internacional de Energia Atómica, Mohamed El Baradei, sobre a forma como o Irão respeitou ou não a resolução. Se o Irão suspender o seu programa nuclear, as sanções serão levantadas; caso contrário, serão encaradas novas sanções e uma nova resolução.

O embaixador Nassir Abdolaziz al-Nasser, do Qatar, único país árabe do Conselho, pronunciou-se contra a resolução, devido ao seu potencial para desestabilizar o Médio Oriente, mas acabou por votar a favor, depois de a África do Sul e a Indonésia anunciarem o seu voto favorável.

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