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Museu de Évora deve ter nova direcção
O Director do Museu de Évora, Joaquim Caetano, colocou o cargo à disposição por considerar não ter o perfil adequado para “a captação de financiamento e mecenato”.
Segundo Caetano, o facto de não se prever um aumento orçamental que permita uma programação de acordo com o que a cidade e o museu devem ter, implica na priorização da tarefa de captação de financiamento. Afirma ainda que com o Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) a garantir apenas os gastos com o funcionamento dos museus, a tarefa de encontrar meios para um orçamento de investimos – em programação, actividades, serviço educativo - será deixada aos próprios museus.
Joaquim Caetano enfatiza ainda que a introdução de mecanismos de avaliação de gestão por objectivos por parte do Ministério da Cultura, num “esquema de avaliação quase empresarial”, não funciona quando os museus da rede nacional mantêm meios de gestão que não se afastam muito da repartição pública.
Em seu blog, Joaquim Caetano defende o aumento no investimento público nos museus e da gratuitidade no acesso: “Se o acesso gratuito se traduzisse num substancial aumento de público e houvesse a par dessa medida um investimento sério no enriquecimento da oferta das lojas dos Museus e na captação de Mecenato (mais interessante com mais visitantes), é possível que, mesmo em termos económicos, o acesso livre se tornasse mais rentável do que a exígua verba conseguida pelas entradas actualmente”.
O Director do Museu de Évora enfatizou que a sua saída não se trata de um ruptura com a nova direcção do IMC, a sua saída do cargo estava prevista para 2011.