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Motim em avião

PASSAGEIROS RECUSAM EMBARCAR COM CIDADÃOS ASIÁTICOS

monarch O pânico de um atentado terrorista está definitivamente instalado em Inglaterra, originando já actos de xenofobia em várias ligações aéreas. O pior de todos teve lugar na passada quarta-feira, quando 150 passageiros de um voo que fazia a ligação entre Málaga e Manchester não permitiram que o seu avião descolasse enquanto dois cidadãos de origem asiática permaneceram a bordo.

O motim teve lugar quando dois jovens passageiros de um avião Airbus A320 da Monarch se recusaram a sair da zona de embarque, alegando que desconfiavam de dois cidadão de origem asiática. Segundo os relatos feitos pelo Daily Mail, na origem da suspeita de terrorismo estava o facto de estes passageiros falarem árabe e vestirem casacos quentes para esta época do ano.   

Perante a estupefacção da tripulação, um a um todos os passageiros já instalados no avião se foram levantando, exigindo a expulsão dos dois passageiros. O motim só terminou quando o capitão do avião obrigou os passageiros em causa a sair do avião – o que aconteceu sem qualquer tipo de resistência.

Assim que saíram, e depois de terem sido mais uma vez revistados, verificou-se que os passageiros não ofereciam qualquer tipo de perigo. O avião levantou voo com três horas de atraso, e sem os dois passageiros que tiveram que fazer a ligação no dia seguinte.

Entretanto, várias páginas na Internet, usadas pela tripulação de companhias britânicas de aviação, dão conta de outros incidentes em vários voos. Num deles, duas mulheres inglesas, também não quiseram viajar no mesmo avião que um árabe, isto apesar de saberem que a pessoa em causa já tinha sido revistada duas vezes.

Estes incidentes surgem na sequência da prisão de 20 pessoas que, alegadamente, preparavam a explosão de vários aviões entre Londres e os Estados Unidos.

Os motivos utilizado pelos passageiros para estabelecerem o perfil de um possível terrorista, contudo, fazem perigosamente lembrar o assassinato pela polícia londrina de um cidadão brasileiro cujo crime era andar de casaco no Verão e ter a tez um pouco mais escura do que parece ser recomendável.

 

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